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Papa: "Insistir na oração, Deus atende sempre"

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 09-01-2018, Gaudium Press)Nesta quarta-feira, dando sequência a sua série de catequeses sobre o Pai Nosso, o Papa Francisco falou na Audiência Geral sobre a oração perseverante.
E ele inspirou-se na passagem de São Lucas 11, 9-13: “Batei e vos será aberto”.

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O Papa disse aos 7 mil peregrinos presentes na Sala Paulo VI:

“Rezar é desde agora a vitória sobre a solidão e o desespero. É como ver cada fragmento da criação que fervilha no torpor de uma história que às vezes não entendemos o por quê. Mas está em movimento, no caminho, e no final de cada estrada há um Pai que espera por tudo e todos com os braços bem abertos”.

Deus sempre responde à nossa oração, disse o Papa em sua catequese.

” Jesus é sobretudo um orante “

Com o Evangelista, Francisco descreve “a figura de Cristo em uma atmosfera densa de oração”

“Na catequese sobre o Pai Nosso vemos Jesus como orante. Jesus reza”: cada passo na sua vida “é como que movido pelo sopro do Espírito que o guia em todas as suas ações”.
O Papa recorda a Transfiguração, o batismo no Jordão, a intercessão por Pedro. Jesus “retira-se frequentemente para a solidão, para rezar.
Até a morte do Messias está mergulhada em um clima de oração, tanto que as horas da Paixão parecem marcadas por uma calma surpreendente”, afirma ele.
Jesus consola as mulheres, reza pelos que o crucificam, promete o Paraíso ao bom ladrão, expira dizendo: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”:

“A oração de Jesus parece abrandar as emoções mais violentas, os desejos de vingança, reconcilia o homem com seu mais amargo inimigo: a morte “

Ensina-me a rezar!

Francisco recorda que no Evangelho de Lucas “um de seus discípulos pede que o próprio Jesus os ensine a rezar (…). Também nós podemos dizer isto ao Senhor: ensina-me a rezar, para que também eu possa rezar”.

E deste pedido dos discípulos “nasce um ensinamento bastante extenso, através do qual Jesus explica aos seus com que palavras e com que sentimentos devem dirigir-se a Deus”:

O “cristão dirige-se a Deus chamando-o antes de tudo de ‘Pai'”.
Nós podemos estar em oração “somente com esta palavra, Pai, e sentir que temos um Pai, não um patrão, nem um padrinho, mas um pai”.

Francisco ilustra isso com “a parábola do amigo inoportuno que vai perturbar toda uma família que dorme, porque de forma inesperada uma pessoa chegou de uma viagem e não tem pão para oferecer a ela. Jesus explica que se ele não se levantar para dar o pão porque é seu amigo, ao menos se levantará por causa da importunação:

“Com isto, Jesus quer ensinar a rezar, a insistir na oração”.
Francisco cita também “o exemplo de um pai que tem um filho faminto: “Qual pai entre vós – pergunta Jesus – se o filho lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra em vez de peixe?”.

A oração é transformante…

Jesus faz entender com estas parábolas “que Deus responde sempre, que nenhuma oração fica sem ser ouvida, “que Ele é Pai e não esquece seus filhos que sofrem”:

“Certamente, essas afirmações nos colocam em crise, porque muitas das nossas orações parecem não ter resultado algum. Quantas vezes pedimos e não obtemos – todos temos experiência disto – batemos e encontramos uma porta fechada?
Jesus recomenda a nós, nesses momentos, para insistir e a não nos darmos por vencidos.

A oração sempre transforma a realidade, a oração sempre transforma, sempre, transforma a realidade: se não mudam as coisas à nossa volta, pelo menos muda a nós, muda o nosso coração.

Jesus prometeu o dom do Espírito Santo a todo homem e mulher que reza”.

…e Deus responde sempre

Diz o Papa:
“Podemos estar certos de que Deus responderá. A única incerteza é devida aos tempos, mas não duvidamos que Ele responderá”:

“Talvez tenhamos que insistir por toda a vida, mas Ele responderá. Ele o prometeu: Ele não é como um pai que dá uma serpente em vez de um peixe. Não há nada de mais certo: o desejo de felicidade que todos nós trazemos no coração, um dia se cumprirá. Jesus diz: “Não fará Deus justiça aos seus eleitos, que clamam dia e noite a ele?”

“Sim, fará justiça, nos escutará. Que dia de glória e ressurreição será!” (JSG)

 

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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