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Amar o irmão, modo de exercitar o Amor a Deus, diz Papa

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 11-01-2019, Gaudium Press) Na missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta na manhã de quinta-feira, o Papa Francisco fez sua homilia a partir da Primeira Carta de São João apóstolo (1Jo 4,19 – 5,4) indicada pela Liturgia do Dia, quando Senhor pede uma atitude concreta no amor:
Para amar a Deus concretamente, é preciso amar os irmãos, isto é, rezar por eles, simpáticos e antipáticos, inclusive pelo inimigo.

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Quem nos dá a força para amar assim é a fé, que vence o espírito do mundo, afirmou o Papa.

Conforme diz Francisco, o apóstolo João, de fato, fala de “mundanidade”. Quando diz: “Quem foi gerado por Deus é capaz de vencer o mundo” está falando da “luta de todos dias” contra o espírito do mundo, que é “mentiroso”, é um “espírito de aparências, sem consistência”, enquanto “o Espírito de Deus é verdadeiro”.

Espírito do Mundo

“O espírito do mundo é o espírito da vaidade, das coisas que não têm força, que não têm fundamento e que acabarão”, diz o Pontífice.

Para ele, o “espírito do mundo” é como os doces que são conhecidos como “mentiras”: eles não teem consistentes, são “cheios de ar”, isto é, do espírito do mundo.

Espírito que divide sempre

Para o Papa, o apóstolo nos oferece o caminho da concretude do espírito de Deus: dizer e fazer são a mesma coisa.

Ou seja “Se você tem o Espírito de Deus”, fará coisas boas.

“Quem não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê”. “Se você não é capaz de amar algo que vê, como conseguirá amar algo que não vê? Isso é a fantasia”, sublinhou Francisco, incentivando a amar “o que se vê, se pode tocar, que é real. E não as fantasias, que não se veem”.

Francisco continua comentando que se não se é capaz de amar a Deus no concreto, não é verdade que se ama a Deus. E, para ele, o espírito do mundo é um espírito de divisão e quando se infiltra na família, na comunidade, na sociedade sempre cria divisões: sempre.

E as divisões crescem e vêm o ódio e a guerra …

O Papa recorda que São João vai ainda além quando afirma: “Se alguém diz ‘Amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso”, isto é, é filho do espírito do mundo, que é pura mentira, pura aparência.

É bom refletir

Francisco afirmou também que a pergunta “eu amo a Deus?” é algo sobre o qual nos fará bem refletir. E indicou três sinais que indicam que não amo o irmão.

Antes de tudo, Francisco exortou a rezar pelo próximo, também por aquela pessoa que é antipática e sei que não me quer bem, também por aquela que me odeia, pelo inimigo…
Se você não reza, “é um sinal que você não ama”.

Então, a primeira pergunta que todos devemos fazer é: eu rezo pelas pessoas? Por todas, as que são simpáticas e antipáticas, por aquelas amigas e não são amigas.

Segunda reflexão: quando eu sinto dentro de mim sentimentos de ciúme, de inveja e quero desejar o mal é um sinal que não se ama.

Não deixe crescer esses sentimentos, eles são perigosos, alerta Francisco.

Outro sinal de que eu não amo o próximo e, portanto, não posso dizer que amo a Deus, é a maledicência, diz o Papa, recomendando que se guarde esses ensinamentos:
Se eu pratico a maledicência, não amo a Deus porque com as ela estou destruindo a pessoa.

A maledicência, diz Francisco, é como as balas de mel, que são saborosas, uma chama outra e, depois, o estômago padece… É “bom”, é “doce” maldizer, parece uma coisa bela, mas destrói.

E ai está um sinal de que você não ama.

Sem a Fé, nada feito

Ainda dentro de sua homilia, Francisco afirma que o espírito do mundo se vence com este espírito de fé: acreditar que Deus está no meu irmão, na minha irmã.

A vitória que venceu o mundo é a nossa fé.

Somente com tanta fé é possível percorrer esta estrada, não com pensamentos humanos de bom senso … não, não: não são necessários. Ajudam, mas não servem nesta luta.
Somente a fé, reafirma Francisco, nos dará a força para rezar por todos, inclusive pelos inimigos e de não deixar crescer os sentimentos de ciúme e de inveja.

O Pontífice comentou também que, com este trecho da Primeira Carta de São João apóstolo, o Senhor nos pede concretude no amor. E foi afirmativo ao concluir dizendo que se não se ama o irmão, não se pode amar a Deus. E se alguém diz amar o irmão, mas na verdade não o ama, o odeia, então, é-se um mentiroso…

(JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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