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Católicos na Nigéria: perseguidos, mas firmes na Fé

Nigéria – Abuja (Quinta-feira, 21-02-2019, Gaudium Press) Apesar das perseguições lideradas pelos terroristas do Boko Haram e outros grupos islâmicos radicais, os católicos na Nigéria estão dispostos a se manterem firmes na Fé até a morte. É o que assegura o Padre Kenneth Chukwuka Iloabuchi, sacerdote nigeriano, em entrevista ao Grupo ACI.

O sacerdote ressaltou que os católicos que vivem no norte da Nigéria estão sofrendo nas mãos do Boko Haram, “grupo de terroristas que deseja apagar as marcas do cristianismo neste mundo”, no entanto, como resposta a esta perseguição religiosa, os fiéis que habitam essa região do país estão dando um grande testemunho de Fé.

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Uma denúncia feita pelo Padre Kenneth na entrevista é a de que a maioria dos católicos não podem andar livremente pelo país e vivem na incerteza do que pode acontecer no dia seguinte. “Os católicos que vem aos domingos, que participam das Missas aos domingos, entram em uma igreja, mas não sabem se sairão novamente”, alertou.

Em seguida, o sacerdote recordou um fato ocorrido há dois anos, quando durante a celebração da Santa Missa em um povoado no norte da Nigéria, foi avisado pelo sacristão e seu ajudante de que o Boko Haram havia enviado uma mensagem ameaçando atacar o povoado.

Assustado, o Padre Kenneth perguntou se devia terminar a Missa para que os fiéis pudessem ir embora. O sacristão “disse que não, que nunca foram embora da Igreja por causa do medo desse grupo. Nunca abandonaram sua igreja por causa do medo de que eles entrem para matar as pessoas, porque se começarem a viver assim, eles terão vencido a guerra”.

O sacerdote confessou que sentiu medo, “mas vendo as pessoas louvando a Deus, vivendo a celebração, rezando, eu tive que me questionar: ‘Tu, sendo sacerdote estás com medo, enquanto essas pessoas estão louvando a Deus?’. E tive que colher este ânimo das pessoas para celebrar dignamente a Santa Eucaristia e celebrarmos bem, sem problemas”.

Mais tarde, eles ficaram sabendo que os terroristas haviam invadido o povoado vizinho e matado seis pessoas. “No dia seguinte, estávamos no enterro dessas pessoas”, recordou. (EPC)

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