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Os Sacramentos não são algo que se compre, adverte sacerdote

Rio Grande do Sul – Porto Alegre (Sexta-feira, 22-02-2019, Gaudium Press) A Paróquia São Pedro, localizada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, completa o seu centenário neste ano de 2019. O pároco local, Padre Luciano Massullo, indicou que incentiva os fiéis a viverem essa efeméride “não como uma data de museu mas com um reavivamento da chama do Evangelho” na vida comunitária.

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Segundo o sacerdote, o maior desafio que a paróquia enfrenta atualmente é o de conseguir levar a palavra de Deus e o testemunho do Evangelho em meio a um ambiente onde as pessoas se mostram muitas vezes indiferentes a tudo isso.

“Penso que o maior desafio em nossos dias é conseguir traduzir o Evangelho, a Boa Nova e aquilo que a Igreja quer ser para a sociedade que vem nos procurar nas realidade paroquiais, com a ideia de comprar alguma coisa, comprar um serviço religioso: então eu venho comprar um sacramento, seja do Batismo, Eucaristia, Matrimônio, e eu tenho que transformar esse desejo de compra num desejo de aproximação do Senhor e conseguir traduzir isso pra eles. Esse é o desafio. Porque eu posso também vender o produto: eles vêm comprar e eu poderia vender o produto. Eles vêm, pagam pelo sacramento, recebem o sacramento e vão embora felizes”, lamentou o pároco.

O Padre Luciano explicou que “essa não é a missão da Igreja! Nós temos uma missão muito maior do que essa! Sabemos que é uma realidade triste, mas na mentalidade de muitas pessoas perpassa essa ideia – talvez até construída por nós; quem sabe nós tenhamos construído isso ao longo dos séculos de que o sacramento é alguma coisa que se compra e que alguém está vendendo o sacramento”.

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Como forma de reverter essa ideia de compra e venda de um sacramento, a Paróquia São Pedro trabalha casais jovens e com a própria juventude, mas especialmente seguindo o desafio pastoral da Arquidiocese que é a Iniciação à Vida Cristã “que não se faz de um dia para o outro”.

A Igreja local oferece atividades com o objetivo de resgatar a comunidade através dos sacramentos do Batismo, da Eucaristia e da Crisma, “não como catequese, mas como um percurso que aproxima as pessoas do Evangelho”.

De acordo com o sacerdote, esse trabalho faz parte do empenho da Igreja no Brasil em implantar a Iniciação à Vida Cristã envolvendo toda a comunidade evangelizadora. “A resposta ainda é lenta, porque a iniciação à vida cristã não se faz de um dia para o outro. Como nós não queremos encarar esse processo como uma simples catequese – alguém que começa a ser iniciado, será iniciado a vida inteira – não será em 2-3-4 anos. Então, a gente espera que com o tempo isso possa repercutir na vida das famílias. Iniciarmos os jovens e as crianças mas, ao mesmo tempo, fazermos com que as famílias que estão por trás dessas crianças e jovens sejam iniciadas também”, concluiu. (EPC)

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