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Elevação do Santuário do Senhor Santo Cristo, nos Açores, celebra 60 anos, hoje

Angra do Heroísmo – Açores (Segunda-feira, 22-04-2019, Gaudium Press) O Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, na cidade de Ponta Delgada, no Arquipélago dos Açores celebra hoje 60 anos da assinatura do decreto de elevação da Igreja de Nossa Senhora da Esperança, a Santuário Diocesano do Senhor Santo Cristo dos Milagres, em Angra.

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A Igreja de Nossa Senhora da Esperança, em 22 de Abril de 1959, por Decreto Episcopal de D. Manuel Afonso de Carvalho, Bispo de Angra, foi elevada a Santuário Diocesano do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

Para comemorar esta efeméride realizam-se várias atividades como um encontro de reitores dos santuários diocesanos dos Açores, 24 de maio, um simpósio nos dias 11 e 12 de julho, onde D. Carlos Azevedo, do Conselho Pontifício para a Cultura (Organismo da Santa Sé) aborda o tema ‘Viver em Cristo: Pleno humanismo de santidade’.

A festa este ano vai ser presidida pelo núncio apostólico da Santa Sé na Armênia e na Geórgia, o arcebispo português D. José Avelino Bettencourt, dias 24 e 25 de maio.

As festas do Senhor Santo Cristo, no quinto domingo a seguir à Páscoa, “são as maiores festas religiosas dos Açores”, com “milhares de peregrinos” nas ruas de Ponta Delgada.

“Queremos que o nosso Santuário seja no futuro um grande foco de dinamização formativa e espiritual”, realçam os cônegos Adriano Borges e José Medeiros Constância, segundo informa o site ‘Igreja Açores’.

Culto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres

O culto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres foi impulsionado a partir dos séculos XVII e XVIII, dentro dos princípios adotados pela Igreja Católica no Concílio de Trento, no sentido da defesa da importância do culto e da veneração de imagens, um dos princípios de divergência em relação à Reforma protestante.

Foi a Venerável Madre Teresa d’Anunciada que, colocando-se confiadamente nas mãos de Deus e pelo seu grande amor e devoção a Jesus Cristo, pela sua intensidade e tenacidade, viria a ser a grande impulsionadora do culto ao Senhor dos Milagres nas Ilhas, o instrumento que o Senhor utilizou para mostrar o Seu amor para com os Homens, através do mistério pascal – Paixão, Morte, Ressurreição.

A devoção teve início no ano de 1700, quando Madre Teresa realizou a primeira procissão.
Jamais o povo de S. Miguel deixou de tributar as suas homenagens, aclamando-O como seu Senhor e seu Rei, a que se juntou toda a alma açoriana.

O amor de Madre Teresa ao Santo Cristo marcou profundamente o Povo açoriano, a tal ponto que jamais morreu ou afrouxou.

Nem o decorrer do tempo, nem as convulsões sísmicas e políticas, nem as alterações de hábitos e costumes, conseguiram destruí-lo.

São já três séculos: desaparecem as instituições e os costumes, outros se alteram, mas a procissão do Senhor Santo Cristo, com todo o seu esplendor e piedade, desafia os tempos, numa inquestionável demonstração de Vida e Fé.

(JSG)

 

 

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