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“Amai-vos uns aos outros”: comentários do Bispo de Frederico Westphalen

Redação (Sexta-feira, 17-05-2019, Gaudium Press) Dom Antônio Carlos Rossi Keller , Bispo Diocesano de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul comenta no site de sua Diocese o Evangelho proposto para o próximo domingo 19 de maio.

Amai-vos uns aos outros- comentários do Bispo de Frederico WestphalenFoto Diocese.jpg

Depois de transcrever a frase “Dou-vos um mandamento novo: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei”, que sintetiza o trecho do Evangelho do próximo domingo, o Bispo comenta:

“Dou-vos um mandamento novo: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei.

Estas são as palavras de Jesus, que o Evangelho de hoje (João 13,31-33.34-35) nos transmite.

O mesmo Evangelho nos afirma que tais palavras foram pronunciadas por Jesus, depois de Judas sair do Cenáculo, isto é, no final da última Ceia.

Aproximava-se a hora da despedida, hora particularmente solene. E não é por acaso que tal aconteceu. As últimas palavras pronunciadas por alguém, no momento da despedida, são para ser sempre particularmente lembradas. O Senhor quis e quer que assim aconteça.

Estas palavras como que resumem todo o Seu ensino. São mesmo a essência do cristianismo. Este mandamento do amor, é o resumo de todos os outros. Como, pois, é importante cumpri-lo!”

Dom Keller reflexiona, então, sobre o que seja o “amar como vos amei”:

“Amar como Ele nos amou e ama é amar sempre.
A medida deste amor é amor sem medida. É amar a todos sem exceção.
Ele o disse e o fez. No alto da cruz pede perdão para quem o crucificou, quem lhe cuspiu, quem o esbofeteou, quem o flagelou: “Pai perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem”.
O amor verdadeiro é aquele que sabe sempre perdoar. É aquele que se traduz em preocupação de tornar o outro feliz.”

Um amor que continua a ser novo e desconhecido. O que acontecer quando todos o praticarem? Responde o Prelado:

“Este mandamento a que Jesus chamou novo, continua a ser novo. E é de tal maneira novo que ainda é desconhecido por tanta gente e mais ainda, anda a ser por tantos tão mal vivido, mal praticado. 

Quando todos o praticarem surgirá uma vida nova, bela como noiva adornada para o seu esposo, como nos refere a 2ª Leitura (Apocalipse 21,1-5).

Quando for posta em prática, como o fez Paulo e Barnabé, muitos outros surgirão para levar esta mensagem de alegria e esperança a toda a Terra.

Diz o Bispo de Frederico Westiphalen que Deus é amor, é misericórdia e que só vê o nosso interesse, a nossa felicidade, diferentemente de quem não tem amor…

“Com razão, São João nos diz, que Deus é AMOR e o Papa Francisco que o nome de Deus é MISERICÓRDIA, pois a quer exercer para com todos que a queiram aceitar, sem exclusão alguma. 

Ele ama-nos sempre e mais ainda, nos recorda a Escritura, começou a amar-nos, quando ainda éramos pecadores. Ama-nos sempre, mesmo quando o ofendemos. Deus só vê o nosso interesse, a nossa felicidade.
“É por isto que todos saberão que sois meus discípulos” nos recorda Jesus e assim tem acontecido ao longo dos séculos.
Logo desde o início, era de tal maneira palpável esta vivência nos primeiros cristãos, que os pagãos, admirados, diziam: “Vede como eles se amam!”.
Por sua vez Jesus recorda: “Aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração” (Mateus 11,29).
E como com os primeiros cristãos, muitos outros irmãos nossos, ao longo dos séculos, têm seguido com generosidade, esta recomendação do Senhor.”

Para finalizar Dom Keller recomenda a seus féis:

“Redobremos os nossos esforços numa atenção especial para com os que mais precisam: doentes, pecadores, atribulados, abandonados, presos, amigos e inimigos. Concretizemos o conselho dado também por S. João (1 João 4, 7-8):
“Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus, e todo o que ama nasceu de Deus e conhece a Deus. O que não ama não conhece a Deus; porque Deus é Amor”.

Seguindo este caminho, muitos outros poderão vir a conhecer o verdadeiro Deus, a converter-se, como o fizeram tantos pagãos no princípio do cristianismo, e obteremos, com a misericórdia infinita do Senhor, a nossa própria salvação para “louvarmos para sempre o Vosso nome, Senhor, meu Deus e Meu Rei”. (JSG)

 

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