Gaudium news > "Com Bênção e dons, nunca estaremos sozinhos", afirma Papa, em Bertone, no Domingo:

"Com Bênção e dons, nunca estaremos sozinhos", afirma Papa, em Bertone, no Domingo:

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 24-06-2019, Gaudium Press) O Papa Francisco celebrou a Santa Missa da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo às 18 horas do domingo, 23/06, no adro da Igreja de Santa Maria Consoladora, no bairro de Casal Bertone, zona leste de Roma.

Papa afirma em Bertone, no Domingo-Com Bênção e dons, nunca estaremos sozinhos-Foto Vatican News.jpeg

Logo após a a Celebração Eucarística, realizou-se a procissão com a presença do Santíssimo Sacramento pelas ruas do bairro. A procissão foi dirigida pelo Papa que, ao final, concedeu a bênção eucarística aos presentes.

“Dizer e dar”: ‘como Jesus, transformar a palavra em dom’

Em sua homilia Francisco tratou ou das leituras e procurou destacar particularmente dois verbos nelas contidos: dizer e dar.
Francisco os considera simples e essenciais para a vida de cada dia.

Dizer: Palavras de bem geram uma história de bem

Sobre o Dizer, Francisco lembrou o relato da Genesis, quando Melquisedec diz: «Abençoado seja Abrão pelo Deus Altíssimo, e bendito seja o Deus Altíssimo». Aquele ‘dizer’ de Melquisedec é bendizer, abençoar.

“Tudo parte da bênção: as palavras de bem geram uma história de bem.
Por que faz bem abençoar?

Porque é transformar a palavra em dom. Quando se abençoa, não se faz uma coisa para si mesmo, mas para os outros.

Abençoar não é dizer palavras bonitas, nem usar palavras de circunstância; mas é dizer bem, dizer com amor”.

Não ter medo de Abençoar

O Pontífice recordou aos presentes como é importante para fiéis e pastores receber palavras que nos fazem bem; como é importante um sinal da cruz na fronte.

E ressaltou que ‘a Eucaristia é uma escola de bênção’ e aconselhou aos sacerdotes a não terem medo de abençoar, e fez um apelo:

“É triste ver hoje quão facilmente se amaldiçoa, despreza, insulta.
Atacados por demasiado frenesi, não nos contemos, desafogando a raiva sobre tudo e todos.
Muitas vezes, infelizmente, é quem grita mais e mais forte, é quem está mais irritado que parece ter razão e obter consensos.
Não nos deixemos contagiar pela arrogância, não nos deixemos invadir pela amargura, nós que comemos o Pão que em si contém toda a doçura”.

Dar: multiplica partilhando, alimenta distribuindo

Ao tratar do verbo “dar”, o segundo verbo, Francisco citou Abrão que, abençoado por Melquisedec, “deu-lhe o dízimo de tudo”; e Jesus que, depois de pronunciar a bênção, dava o pão para ser distribuído, desvendando assim o seu significado mais belo: o pão não é apenas produto de consumo, mas recurso de partilha:

“No mundo, procura-se sempre aumentar os lucros, aumentar o volume de negócios…
Sim, mas com que finalidade? É o dar ou o ter? O partilhar ou o acumular?
A “economia” do Evangelho multiplica partilhando, alimenta distribuindo; não satisfaz a voracidade de poucos, mas dá vida ao mundo. O verbo de Jesus não é ter, mas dar”.

Eucaristia, o Pão do caminho, o Pão de Jesus

Ao concluir sua homilia, Francisco recordou que temos a Eucaristia, o Pão do caminho, o Pão de Jesus:

“Também nesta tarde, seremos alimentados pelo seu Corpo entregue. Se o recebermos com o coração, este Pão irradiará em nós a força do amor:
sentir-nos-emos abençoados e amados, e teremos vontade de abençoar e amar, a começar daqui, da nossa cidade, das estradas que vamos percorrer nesta tarde.

O Senhor passa pelas nossas estradas para dizer bem de nós e para nos dar coragem.
A nós, pede-nos também para sermos bênção e dom”, concluiu. (JSG)

 

(Da Redação Gaudium Press, com informações Vatican News)

 

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