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Angelus: a compaixão é a chave da vida cristã, diz Papa

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 15-07-2019, Gaudium Press) Na alocução que costuma fazer antes da recitação da oração mariana do Angelus, todos os domingos, o Papa Francisco afirmou que a parábola do Bom Samaritano “Tornou-se o modelo de como um cristão deve agir”.

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A afirmação foi feita durante os comentários feitos pelo Papa do trecho do Evangelho sugerido pela liturgia para o XV Domingo do Tempo Comum.
Na ocasião Francisco convidou os fiéis a lerem o “tesouro” contido no Evangelho de Lucas.

O meu próximo, quem é ele?

No trecho evangélico escrito por São Lucas, é narrado o episódio em que Jesus é interrogado por um doutor da lei sobre o que é necessário para herdar a vida eterna.

Jesus recomenda ao doutor da lei a encontrar a resposta nas Escrituras: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, e ao teu próximo como a ti mesmo!”.

A dificuldade parecia surgir quando aparecem as diferentes interpretações sobre quem seria o “próximo” e foi então que Jesus contou uma parábola para elucidar a questão.

Francisco recordou que nesta parábola o protagonista é um samaritano, um grupo na época desprezado pelos judeus.

Não por acaso a escolha de um deles para representar o personagem positivo da parábola.

O samaritano encontra um homem roubado e agredido por assaltantes e deixado à beira de uma estrada.

Um sacerdote e um levita já haviam passado por ali, mas nem pararam para ver o homem caído.

Esses dois eram religiosos, mas nem por isso pararam. Foi o homem que “não tinha Fé” que lhe prestou socorro. E ele era justamente um samaritano.

“Este homem, amando o irmão como a si mesmo, demonstra que ama a Deus com todo o coração e com todas as forças – o Deus que não conhecia! – e expressa ao mesmo tempo verdadeira religiosidade e plena humanidade”, comentou o Papa.

A Compaixão e a Lógica invertida

Jesus inverte a pergunta do seu interlocutor e também a lógica de todos nós.

Após narrar a parábola, Jesus volta-se para o doutor da lei perguntando: “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?”.

Francisco explicou que “Ele nos faz entender que não somos nós, com base nos nossos critérios, que definimos quem é o próximo e quem não é, mas é a pessoa em situação de necessidade que deve poder reconhecer quem é o seu próximo, isto é, quem usou de misericórdia para com ele”.

” Ser capazes de sentir compaixão: esta é a chave. Esta é a nossa chave. Se diante de uma pessoa necessitada, você não sente compaixão, o seu coração não se comove, significa que algo não funciona. Fique atento, estejamos atentos. Não nos deixemos levar pela insensibilidade egoística. A capacidade de compaixão se tornou a medida do cristão, ou melhor, do ensinamento de Jesus. “

“A misericórdia diante de uma vida humana na situação de necessidade é a verdadeira face do amor.”

Encerrando, o Papa rezou:

” Que a Virgem Maria nos ajude a compreender e, sobretudo, a viver sempre mais o elo indissolúvel que existe entre o amor a Deus, nosso Pai, e o amor concreto e generoso pelos nossos irmãos e nos dê a graça de ter e crescer na compaixão. ” (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações VaticanNews)

 

 

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