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Bispos italianos defendem a presença de crucifixos em salas de aula

Itália – Roma (Sexta-feira, 04-10-2019, Gaudium Press) Uma série de polêmicas declarações do Ministro da Educação, Lorenzo Fioramonti, contra a presença de crucifixos nas salas de aula foi fortemente rejeitada pelos Bispos da Itália através de um editorial de seu jornal oficial, Avvenire. O texto recordou o estreito vínculo entre a identidade italiana e a Fé cristã e citou a resposta do Secretário geral da Conferência Episcopal Italiana, Dom Stefano Russo, e do Arcebispo de Milão, Dom Michele Pennisi, às declarações.

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“O Ministro da Educação apresentou uma controvérsia desnecessária com a proposta de retirar o crucifixo das salas de aula, com o risco de que este símbolo universal de fraternidade seja explorado a nível político e se converta em um sinal divisivo”, lamentou Dom Pennisi. “O Crucifixo não pode ser arrancado das paredes de nossas escolas ou edifícios públicos, de nosso coração, porque é um símbolo de sofrimento oferecido por amor, de nosso destino comum, de misericórdia final, de consolo extremo, de perdão mútuo, um sinal de esperança e solidariedade para todos”.

Por sua vez, Dom Russo declarou que a presença do crucifixo “não é absolutamente um símbolo divisivo. Aqui não se trata de um símbolo sectário, mas de civilização e pertença a uma cultura impregnada pelo cristianismo”. O prelado recordou a relação dos símbolos religiosos com as raízes cristãs da cultura italiana em uma tentativa de reviver um debate já superado. “Lamento voltar mais uma vez a este tema, que já foi respondido em dois pronunciamentos do Conselho de Estado, uma sentença do Tribunal Constitucional e uma da Grande Sala do Tribunal Europeu de Direitos Humanos em Estrasburgo”.

“Da saída do Ministro de Educação flui uma ignorância cultural que é lamentável ver em pessoas que representam a nossa República”, comentou Dom Giovanni d’Ercole, Secretário da Comissão Episcopal para a Cultura e as Comunicações Sociais. “Seria melhor permanecer em silêncio”. O prelado disse que o crucifixo é um sinal de inegável importância não apenas para os fiéis, pelo qual o debate foi marcado no que qualificou “a enésima controvérsia secularista”. (EPC)

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