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Santa Edwiges é padroeira só dos endividados?

Redação (Quarta-feira, 16-10-2019, Gaudium Press) Hoje, 16 de outubro, a Igreja Católica celebra Santa Edwiges.

A grande maioria das pessoas conhece esta Santa como sendo ela o socorro dos que devem, padroeira dos endividados.

Santa Edwiges é padroeira só dos endividados-foto Arquivo GaudiumPress.jpg

Os fiéis recorrem à sua intercessão nas dificuldades financeiras e econômicas e geralmente são atendidos pela Providência Divina.

A eficaz intercessão de Santa Edwiges no campo econômico e financeiro leva muitos a pensarem que a ajuda aos endividados seja sua única e exclusiva ação intercessora.

Vivendo todas as virtudes em um altíssimo grau e alcançando uma perfeição como recomenda os Santos Evangelhos, os Santos são colocados como exemplos de vida para nós.

Os Santos amaram a Deus por inteiro e dele refletem, também por inteiro, toda bondade, todo amor divino. Por sua intercessão eles podem alcançar do Altíssimo tudo que a humanidade necessita, enquanto ainda peregrina por este “vale de lágrimas”.

Com Santa Edwiges não é diferente!

Vendo seu caminhar rumo à Casa do Pai, podemos entender o que podemos pedir a ela além da tão necessária ajuda que ela presta aos endividados, aos pobres e desvalidos.

Vejamos traços da vida dessa Santa. Neles veremos desenhados, pelos reflexos de suas virtudes e méritos o que mais podemos pedir a ela.

Uma nobre Santa

Edwiges nasceu na Bavária, Alemanha, em 1174, sendo filha de uma família de nobres.

Aos doze anos, casou-se com o duque da Silésia e da Polônia, Henrique I, de 18 anos. Eles tiveram sete filhos.

Aos 20 anos, Edwiges sentiu o chamado de Jesus e, após conversar com seu marido, os dois decidiram seguir o Senhor, mantendo no casamento o voto de abstinência sexual.

Uma Santa nobre

Entregando-se à piedade e à caridade, empregava grande parte dos seus ganhos para auxiliar os demais.

Desde pequena dava sinais de seu desapego material e zelo pela vida espiritual sua e dos demais.

Sabendo que muitos eram presos por causa de dívidas, passou a ir aos presídios, saldar as contas com o próprio dinheiro, libertar os encarcerados e ainda lhes arrumava um emprego.

Edwiges e seu marido fundaram muitos mosteiros, entre eles o de Trebnitz, na Polônia, do qual sua filha Gertrudes se tornou abadessa.

Após a de seu marido tornou-se monja em um desses mosteiros e continuou a servir os carentes, necessitados e enfermos.

Seu marido Henrique I construiu o Hospital da Santa Cruz em Breslau, e Edwiges fundou um hospital para leprosos em Neumarkt, onde eles atendiam pessoalmente aqueles que sofriam desta doença.

Por penitência, a santa também costumava ir à Igreja descalço na neve, mas ela levava os sapatos na mão para colocá-los imediatamente… se encontrasse alguém.

Vontade de Deus

Edwiges viu morrer seis de seus sete filhos e viu também a morte de seu marido, vítima de uma doença que contraiu depois que foi mantido prisioneiro em uma guerra.

Quando Henrique I morreu, muitas religiosas choraram e Edwiges as confortou dizendo:

“Por que se queixam da vontade de Deus? Nossas vidas estão em suas mãos e tudo que Ele faz é bem feito”.

Profecias e Milagres

Santa Edwiges tomou o hábito religioso de Trebnitz, mas prometeu continuar a gerir suas ações em favor dos necessitados.
Deus lhe concedeu o dom da profecia e milagres.

Foi quando operou muitos milagres em enfermos.

Devoção a Nossa Senhora

Ela amava muito Maria e, por isso, sempre carregava uma pequena imagem da Virgem em suas mãos.

Quando morreu, em 15 de outubro de 1243, foi impossível tirar a imagem de suas mãos.

Anos mais tarde, quando foram transladar seu corpo, encontraram a imagem empunhada e os dedos que a seguravam incorruptos.

Santa Edwiges foi canonizada em 1266, pelo Papa Clemente IV.

(JSG)

 

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