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Juventude e velhice

Redação (Sexta-feira, 18-10-2019, Gaudium Press) Um dos grandes temores que angustiam os homens sem fé, fora de dúvida, é o medo de envelhecer. A visão materialista reduz a vida humana a uma mera questão fisiológica, negando-lhe os aspectos metafísicos e sobrenaturais. Tomando esse ponto de vista, haverá maior desgraça do que ficar velho?

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O Cristianismo, pelo contrário, reconhece esta suprema realidade que é a alma e dá, assim, à existência do homem um caráter que transcende esta terra e se volta para a eternidade. Há razões para viver maiores que a própria vida.

Com estas vistas sobrenaturais, bem compreendemos como homens de grande valor humano e espiritual – por exemplo, São João Bosco, São Pio X ou São Pio de Pietrelcina – caminharam com tanta segurança, alegria e mesmo ufania nas vias da ancianidade. Em cada um, o corpo envelheceu, mas o espírito permaneceu jovem, por estarem eles sempre voltados para o supremo ideal, que é a glória de Deus e o bem do próximo.

O conhecido escritor americano de origem alemã, Samuel Ullman (1840-1924), em seu famoso poema Youth (Juventude), soube traduzir esta cativante questão tão bem solucionada pelo ensino cristão:

“A juventude não corresponde a um período de nossa vida, mas sim a um estado de espírito, uma resultante da vontade, um predicado da imaginação, uma intensidade emotiva, uma vitória da coragem sobre a timidez, do gosto pela aventura sobre o amor ao conforto.

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Não envelhecemos por termos vivido um certo número de anos. Ficamos velhos porque desertamos nosso ideal.

Os anos enrugam a pele; renunciar a um ideal enruga a alma. As preocupações, as dúvidas, os temores e os desesperos, eis os inimigos que, lentamente, nos fazem inclinar rumo à terra e tornar-nos pó antes da morte.

Jovem é aquele que se assombra e se maravilha. Assim como um menino insaciável, ele pergunta: “E o que mais?” Ele desafia os acontecimentos e acha graça no jogo da vida.

Serás tão jovem quanto tua fé; tão velho quanto tua dúvida. Tão jovem quanto tua confiança em ti mesmo; tão velho quanto teu abatimento.

Permanecerás jovem enquanto fores receptivo às mensagens da natureza, do homem e do infinito.

Um dia, caso teu coração tenha sido picado pelo pessimismo e roído pelo cinismo, possa Deus ter pena de tua pobre alma de ancião!”

Por Pe. Fernando Gioia, E.P

 

 

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