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Bispos do Canadá publicam declaração sobre a perseguição religiosa

Canadá – Toronto (Sexta-feira, 08-11-2019, Gaudium Press) A Conferência Canadense de Bispos Católicos (CCCB) publicou, através de sua Comissão de Justiça e Paz, uma declaração que aborda o tema da perseguição aos cristãos no mundo e a responsabilidade dos fiéis no alívio do sofrimento das vítimas. O documento não apenas descreve as formas reais e infortunadamente cotidianas nas quais a perseguição toma forma em diversas regiões, mas também menciona as limitações à liberdade religiosa na esfera pública que se padecem no Canadá.

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“Apesar do que possamos estar tentados a pensar, o tema da perseguição aos cristãos é mais relevante do que nunca”, afirmaram os Bispos. Apesar de alguns conservarem a ideia de perseguição como relegada aos primeiros séculos da era cristã, “o ritmo da perseguição se acelerou tanto que o século XX viu mais cristãos perseguidos que os 19 séculos precedentes juntos”, denunciou o relatório. “Hoje, 327 milhões de cristãos vivem em países assinalados pela perseguição religiosa”.

Os prelados identificaram diferentes graus de perseguição, desde expressões de intolerância, passando pela discriminação e culminando na perseguição mesma. “Vemos isto quando os cristãos são escolhidos para prisão ou detenção, enviados à campos de trabalho, torturados ou inclusive assassinados”. Esta última forma tem uma expressão ainda mais radical, como ocorreu no Iraque em 2014: o genocídio, que buscou a erradicação completa da presença cristã.

Os Bispos recordaram o dever dos fiéis de ir contra a corrente e anunciar o Evangelho, inclusive quando “a Boa Nova possa ser provocativa, desestabilizante e molesta”. Viver o Evangelho pode submeter os crentes a situações de risco, nas quais os fiéis devem “fortalecer sua Fé e confirmar seu compromisso com o valor da Boa Nova”.

Os cristãos perseguidos esperam apoio de seus irmãos na Fé, reconhece o relatório. “Eles esperam nossas orações para que eles tenham a fortaleza de resistir às provas que surjam, e que inclusive em meio do caos encontrem quem os olhe com amor”, comentam os prelados. “Eles necessitam que nos informemos sobre a perseguição que estão padecendo e que compartilhemos isto com outros”, além da escassa cobertura por parte dos meios de comunicação, de forma que existam vozes que exijam uma mudança de situação. “A assistência pastoral é muito importante, já que muito frequentemente a Fé é a fonte de sua valentia e sua única esperança. A assistência material não resolve o problema da perseguição ou da discriminação, mas permite aos cristãos perseguidos sobreviver”. (EPC)

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