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Papa pede proteção de menores no mundo digital

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 14-11-2019, Gaudium Press) Falando hoje, no Vaticano, o Papa Francisco alertou para o uso da tecnologia digital na promoção de abusos de menores e apelou às companhias tecnológicas para que se empenhassem numa ação para erradicar este crime:

“A disseminação de imagens de abuso ou exploração de menores está aumentando rapidamente. E elas expõem formas de abuso cada vez mais graves e violentas às crianças cada vez mais jovens”, disse o Papa.

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Francisco dirigia-se aos participantes de um Encontro dedicado à proteção de menores no mundo digital e para procurar impedir a difusão da pornografia infantil.

Os trabalhos deste Encontro estão sendo realizados na sede da Academia Pontifícia para as Ciências Sociais, no Vaticano, até sexta-feira, dia 15 de novembro.

Segundo nota distribuída à imprensa, tendo como mote ‘Do conceito à ação’, os 80 participantes do Encontro têm como meta “sugerir e apoiar iniciativas específicas e planos de atividade”.

Celulares e dispositivos móveis

Em seu discurso o Papa alertou, em particular, para a “disseminação da pornografia no mundo digital”, sobretudo através de celulares e outros dispositivos móveis, o que exige maior capacidade de “identificação da idade dos utilizadores”.

O discurso do Pontífice destacou também os “novos horizontes” que a tecnologia oferece, pedindo que todos se empenhem para que os menores tenham um “acesso seguro” a esta tecnologia.

Iniciativas concretas

Francisco fez um pedido de iniciativas concretas e urgentes:

“A condenação moral dos danos infligidos aos menores pelo uso indevido de novas tecnologias digitais deve ser traduzida em iniciativas concretas e urgentes”.

Francisco referiu-se também à conciliação da liberdade individual e os limites do uso da tecnologia, desejando um “equilíbrio adequado”, para garantir que as mídias digitais “não sejam usadas para cometer atividades criminosas, em prejuízo dos menores”.

As responsabilidades

O Papa responsabilizou diretamente as principais empresas do setor da tecnologia da informação ao afirmar que elas “não podem ser consideradas completamente estranhas ao uso das ferramentas que colocam nas mãos dos seus clientes”.

“Sem o total envolvimento das empresas do setor, sem uma plena consciência das repercussões morais e sociais da sua gestão e funcionamento, não será possível garantir a segurança dos menores no contexto digital”, disse o pontífice.

“Queremos banir da face da terra a violência e todo o tipo de abuso contra crianças”, concluiu Francisco.

(JSG)

 

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