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Procissão do Nazareno Negro atrai milhões de devotos nas Filipinas

Filipinas – Manila (Quinta-feira, 09-01-2020, Gaudium Press) A imagem do Nazareno Negro saiu em procissão pelas ruas de Manila acompanhada por uma multidão composta por jovens, idosos e famílias que cantavam, rezavam e tentavam de todas as formas tocar na milagrosa imagem.

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Segundo o Padre Sebastiano D’Ambra, missionário do Pontifício Instituto Missões Exterior (PIME), os filipinos se identificam com a imagem do Nazareno sofredor pelas suas vidas marcadas pela pobreza e sofrimento diário.

O tradicional translado, subdividido em etapas em um percurso de mais de 6 km, é uma tradição que se renova anualmente, sempre impressionando por sua grandiosidade e sendo uma das maiores procissões religiosas do mundo.

“Todos os dias há multidões de pessoas que visitam a imagem, celebramos Missa a todas as horas, especialmente na primeira sexta-feira do mês. Esta tradição começou séculos atrás com os espanhóis, e segue adiante até nossos dias. Ouvi falar que talvez seja a maior tradição do mundo, mesmo considerando outros países da América Latina, onde há várias devoções, mesmo no México. Porém, a quantidade de gente que participa é impressionante, chega-se a 15 milhões de pessoas!”, afirmou o sacerdote.

Nazareno Negro

A imagem do Cristo negro ajoelhado e carregando a cruz foi levada do México a Manila pelos missionários Agostinianos Recoletos no ano de 1606. Antes de ser colocada na Igreja de Quiapo, passou por outros templos católicos. Primeiro na igreja de Bagumbayan, hoje Luneta, nas proximidades de Manila; sendo transferida em 1608 para a paróquia de São Nicolau Tolentino, onde permaneceu até 1700. O então Arcebispo da capital, Dom Basilio Sancho Santas Justa, ordenou a transferência definitiva à igreja de Quiapo.

Em 1650 a devoção foi reconhecida oficialmente pela Santa Sé, durante o pontificado de Inocêncio X que instituiu canonicamente a Confraria de Jesus Nazareno. Já no século 19, Pio VII honrou o Nazareno Negro concedendo a indulgência plenária “aos pios devotos”. (EPC)

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