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Artigo: Tudo começou da forja simples de homens humildes

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Foto: ChicagoGeek

São Paulo (Segunda-feira, 02-08-2010, Gaudium Press) Nesse artigo, nosso colaborador Antonio Borda reomanta aos primórdios da idade Média para contar o incrível trabalho das forjas em ferro feito por homens simples, mas ao mesmo tempo brilhantes.

A arte do ferro em barras forjadas, que terminou gerando maravilhas com esse metal para ornamentar presbíteros, jardins, varandas e corredores, de casas senhoriais, palácios e catedrais, começou na forja simples de homens humildes e analfabetos, que entre a bigorna e o forno martelavam peças duras e abstratas, até convertê-las em portas de beleza singular, em uma mescla de força e delicadeza, segurança e elegância em corrimãos e grades que parecem filigranas. Um trabalho bruto e estridente que começava não sem antes invocar a proteção do patrono, fosse São Genaro ou São Eloi, entre golpes secos e a respiração profunda do velho fole.

Como, de homens simples e, com freqüência, toscos surgiu essa arte que hoje embeleza os mais bonitos palácios e catedrais de Paris, Viena, Madri ou Londres?

Sem escola teórica de aprendizagem e ao sabor da experiência, mais pareceria que tivessem sido assumidos por seus anjos da guarda, anjos da ferraria que desde os primórdios da Idade Média velaram armas para a Cristandade, pois não é menos correto que aqueles ferreiros foram forjadores de armas e armaduras não apenas funcionais e resistentes, senão de grande valor estético.

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Foto: Marilise Doctrinal

Nem entre romanos, Gregos ou Persas foi conhecida essa capacidade de “pensar” o ferro não apenas para criar armas de defesa ou ataque e garantir segurança, mas também para elaborar os portões que no fim indicam o mesmo, protegendo, marcando propriedade, comunicando e compartilhando o público com o privado sem monotonia.

Esses portões também registram as idades da história da cristandade, pois os especialistas costumam falar de idades românticas renascentistas, góticas, neo-góticas e contemporâneas. Os mais famosos arquitetos sempre lhes reconheceram sua função ornamental, sua graça e utilidade prática.

Portões de igrejas, palácios e casas antigas, que convidam o transeunte a olhar para dentro com discreto cuidado, mas afirmando ao mesmo tempo o direito de propriedade.

Bela ideia tão cristã de que os portões não se fizeram para excluir, mas para integrar, com o maior respeito mútuo, já que ao mesmo tempo que velam, cuidam e protegem com a firme resistência do ferro e convidam amavelmente a compartilhar dando uma agradável sensação de segurança.

 

 

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