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“Turismo pode impulsionar o homem a interrogar-se sobre as grandes questões existenciais”, diz Dom Veglió

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 24-04-2012, Gaudium Press) Teve início na última segunda-feira, 23, em Cancun, no México, o 7º Congresso Mundial da Pastoral do Turismo. O evento, que segue até a próxima sexta-feira, 27, tem como tema “O turismo faz a diferença”. A respeito do turismo religioso e do trabalho das pastorais de turismo, a Rádio Vaticano entrevistou o presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerante, dicastério que promove o evento, Cardeal Antonio Maria Veglió.

Em primeiro lugar, versando sobre o turismo religioso, o purpurado falou sobre em que medida o patrimônio artístico e cultural do mundo pode ser colocado a serviço da Nova Evangelização. Segundo Dom Veglió, a Igreja deve continuar ainda hoje aprofundando o potencial de evangelização que oferece tal aspecto da vida humana. “De fato, também o turismo pode impulsionar o homem de hoje ao diálogo e a interrogar-se sobre as grandes questões existenciais, como o sentido da vida e da história, do sofrimento e da pobreza, da fome e da doença, e dar uma reposta que ofereça plenitude de significado na revelação de Jesus Cristo, único Salvador do mundo”, destacou o presidente do dicastério.

Outro assunto comentado pelo cardeal foi a necessidade de se promover a pastoral do turismo nas Igrejas locais. “Noto com preocupação o fato que a pastoral do turismo ainda não entrou em diversas dioceses e conferências episcopais, ou então é considerada como algo de acessório e dispensável […]. Em algumas áreas do mundo – temos que reconhecer – existem questões mais graves às quais dar atenção. Mas em outras situações tal ausência na tem explicação, sobretudo onde o turismo, quer social quer religioso, é um fenômeno muito relevante”, afirmou.

Para estes casos, em que a ausência da pastoral do turismo não se explica, Dom Veglió acredita ser imprescindível a criação de estruturas nacionais e diocesanas para cuidar deste tema. “Desse modo, poderão ser organizadas atividades turísticas voltadas para as peculiaridades, as leis e os costumes dos países visitados, de modo que os turistas, antes de iniciar sua viagem, possam ser estimulados a obter informações sobre as características do lugar que pretendem visitar”, explicou o prelado.

Dom Veglió destacou ainda a importância da formação espiritual e cultural dos guias turísticos destas pastorais, aventando a possibilidade até da criação de uma organização de guias católicos. Segundo o purpurado, tal formação do guia se faz necessária, pois, assim como os turistas desejam saber informações dos países, “as comunidades que recebem os profissionais do turismo também necessitam conhecer as formas de vida e as expectativas dos turistas que os visitam”. (BD)

Com informações da Rádio Vaticano.

 

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