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Em Sansepolcro o Papa encarrega leigos de contribuir para o nascimento de uma nova ética pública

Sansepolcro (Segunda-feira, 14-05-2012, Gaudium Press) “Apesar do tempo estar um pouco feio, nosso coração está cheio de luz, de calor e de alegria”, comentou o Papa em sua chegada a Sansepolcro. O pontífice foi recebido debaixo de chuva, mas com grande calor e aplausos pelas pessoas na Praça Torre di Berta ao som dos sinos das igrejas.

Depois de cancelar a visita a La Verna, com um horário diferente e não sem alguns problemas, Bento XVI pôde realizar o programa da terceira etapa da visita pastoral na Diocese de Arezzo indo a concatedral e proferindo um discurso aos cidadãos presentes na praça.

À cidade que celebra mil anos da própria e particular fundação que convida à “justiça e paz”, o Santo Padre reafirmou a necessidade do empenho do laicato na vida pública com os valores cristãos.

Hoje em dia há uma especial necessidade de que o serviço da Igreja ao mundo se exprima com leigos esclarecidos, capazes de atuar dentro da cidade do homem, com a vontade de servir para além do interesse privado, além das visões de parte. O bem comum conta mais do que o bem do indivíduo, e compete também aos cristãos contribuir para o nascimento de uma nova ética pública”, disse o Papa dando exemplo do novo beato leigo italiano, Giuseppe Toniolo.

“O ideal dos vossos fundadores chegou até os nossos dias e constitui não somente o eixo da identidade de Sansepolcro e da Igreja diocesana, mas também um desafio a conservar e promover o pensamento cristão, que está na origem desta Cidade”.

O convite do Papa para se construir uma cidade “justa e verdadeira” está ligado à história e tradição cristã da cidade que há mil anos foi fundada pelos santos peregrinos Arcano e Egídio. Depois de uma peregrinação à Terra Santa, instituíram esta cidade com o desejo de construir “la civitas hominis” à imagem de Jerusalém que, no seu próprio nome invoca a justiça e a paz”.

Um projeto que também chama a atenção para a grande visão da história de Santo Agostinho na obra “A Cidade de Deus””, observou o Santo Padre.

No fim do discurso Bento XVI convidou os jovens a “contraporem o empenho e o amor pela responsabilidade” e para “não fecharem-se em si mesmos, mas encarregarem-se dos outros”. “Aos jovens – disse o Papa – faço o convite para saberem pensar grande: Tende a coragem de ser ousados! Estai prontos a dar novo sabor a toda a sociedade civil, com o sal da honestidade e do altruísmo desinteressado. É necessário reencontrar sólidas motivações para servir o bem dos cidadãos”. (AA/JS)

 

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