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Minha juventude e minha infância são imagens de como será o Paraíso, diz o Papa

Milão (Segunda-feira, 04-06-2012, Gaudium Press) Foi um dos momentos particulares e comoventes o do diálogo do Papa com as famílias durante o Encontro Mundial das Famílias, no último sábado.

Bento XVI partiu de uma recordação pessoal da própria infância: “Gostaria muito de saber alguma coisa da sua família e de quando você era pequeno como eu”, perguntou ao Santo Padre Cat Tien, um menino do Vietnã.

“As lembranças da minha família: seriam muitas!”, assegurou Bento XVI ao recordar “somente poucas coisas”, das quais o “ponto essencial era o domingo”.

“O domingo começava já no sábado à tarde. O pai nos dizia as leituras, as leituras do domingo, de um livro muito difundido naquele tempo na Alemanha, onde estavam explicados os textos. Assim começava o domingo: entrávamos já na liturgia, na atmosfera de alegria. No dia seguinte íamos à Missa”. Uma outra recordação particular é que “em casa era importante, naturalmente, o grande almoço juntos”, com frequência esquecido pelas famílias ocidentais de hoje.

O Santo Padre recordou também a presença da música na sua família. “Minha casa é perto de Salzburg, então tivemos muita música – Mozart, Schubert, Haydn – e quando iniciava o “Kyrie” era como se se abrisse o céu”. A atmosfera de música estava presente em casa. “Cantamos muito: meu irmão é um grande músico, fez composições já quando era adolescente para nós todos, assim toda família cantava. Papai tocava cítara e cantava; são momentos inesquecíveis”.

“Éramos um só coração e uma só alma, com tantas experiências comuns, mesmo em tempos muito difíceis, porque era o tempo da guerra, antes da ditadura, depois da pobreza”. Continuando suas lembranças pessoais de família, o Papa ressaltou a importância do amor recíproco, a alegria nas coisas pequenas. “Parece-me – observou – que isto fosse muito importante: que também as coisas pequenas nos deram alegria, porque assim se exprimia o coração do outro. E assim crescemos na certeza que é muito bom ser um homem, porque víamos que a bondade de Deus que se refletia nos pais e nos irmãos”.

Bento XVI confessou também uma sua imagem para o Paraíso, “me parece sempre o tempo da minha juventude, da minha infância. Assim, neste contexto de confiança, de alegria e de amor, éramos felizes, e creio que no Paraíso deve ser parecido a como era na minha juventude. Neste sentido espero ir “para casa”, quando for para “a outra parte do mundo”.

 

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