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Dois de fevereiro: Apresentação do Senhor e Purificação de Nossa Senhora

Recife – Pernambuco (Sexta-feira, 01-02-2013, Gaudium Press) No dia 2 de fevereiro a Igreja Católica comemora a Solenidade da Apresentação do senhor e a Festa da Purificação de Nossa Senhora. Dois belos acontecimentos dentro da história da Redenção da humanidade.

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Apresentação do Menino Jesus no Templo “Luis de Vargas”
Museu de Belas Artes – Sevilha

Origens

São inúmeras as explicações para a origem da festa da Purificação. Beda o venerável, em seu “De Temporum rationem” faz menção a uma festa pagã, as Lupercálias, onde pessoas ofereciam aos deuses bodes e cães para pedir fertilidade e purificação da terra. Após sacrificarem esses animais, cortavam tiras de couro e saíam pelas ruas de Roma correndo e batendo em todos os que encontravam pela frente.

O papa Gelásio I encontrou na liturgia de Jerusalém o remédio para combater tal costume desordeiro. Ali, na Terra Santa era costume desde o século IV o povo sair nas ruas em uma grande e solene procissão levando tochas e candeias acesas quarenta dias após a Epifania, ou seja, no dia 15 de fevereiro, era a festa da Hypapante (“encontro” em Grego).

Em Roma esta cerimônia foi transferida para o dia 2 de Fevereiro, quadragésimo dia após o 25 de Dezembro, data em que o natal era comemorado na Cidade Eterna.

A Benção das Velas

No mesmo dia 2 de Fevereiro a Igreja comemora em todo o mundo a festa de Nossa Senhora das Candeias, da Candelária, da Luz, da Glória, da Purificação, do Bom Sucesso. É um costume antiquíssimo que nesta data sejam abençoadas velas e distribuídas ao povo. O Beato João Paulo II certa vez disse:

“Hoje também nós, com as velas acesas, vamos ao encontro d’Aquele que é ‘a Luz do mundo’ e acolhemo-l’O na sua Igreja com todo o impulso da nossa fé baptismal.(…). Na tradição polaca, assim como na de outras Nações, estas velas benzidas têm um significado especial porque, levadas para casa, são acendidas nos momentos de perigo, durante os temporais e os cataclismos, em sinal da entrega de si, da família e de quanto se possui à proteção divina. Eis por que, em polaco, estas velas se chamam ‘gromnice’, isto é, velas que afastam os raios e protegem contra o mal, e esta festividade é chamada com o nome de Candelária.

“Ainda mais eloquente é o costume de colocar a vela, benzida neste dia, entre as mãos do cristão, no leito de morte, para que ilumine os últimos passos do seu caminho rumo à eternidade. Com esse gesto quer-se afirmar que o moribundo, seguindo a luz da fé, espera entrar nas moradas eternas, onde já não se tem ‘necessidade da luz da lâmpada nem da luz do sol, porque o Senhor Deus o iluminará'” (cf. Ap 22, 5). (HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II NA SOLENIDADE DA APRESENTAÇÃO DO SENHOR NO TEMPLO E FESTA DE NOSSA SENHORA DA CANDELÁRIA 2 de Fevereiro de 1998)

Vitor Dias – Arautos do Evangelho – Recife

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