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Migrantes e refugiados necessitam de compreensão e bondade, diz Papa à Pastoral dos Migrantes e Itinerantes

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 24-05-2013, Gaudium Press) – A Plenária do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes foi aberta hoje, 24.

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FOTO GUSTAVO KRALJ – Gaudium Press

Durante toda a semana um grupo de membros, consultores e oficiais deste organismo da Santa Sé reuniu-se no Vaticano tratar de uma temática pré-estabelecida: “A solicitude pastoral da Igreja no contexto das migrações forçadas”. Este tema está dentro do contexto de um documento publicado pelo mesmo dicastério: “Acolher Cristo nos refugiados e nas pessoas deslocadas à força”.

No discurso que abriu os trabalhos da Plenária, o Santo Padre afirmou logo no início: “O tráfico de pessoas é uma atividade ignóbil, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas! Aproveitadores e clientes deveriam fazer um sério exame de consciência consigo mesmo e diante de Deus!”.

O Papa referiu-se aos esforços do Conselho:

“Somos uma só família humana que, na multiplicidade de suas diferenças, caminha rumo à unidade valorizando a solidariedade e o diálogo entre os povos. A compaixão – ‘sofrer com’ – se expressa, sobretudo, no esforço em conhecer as razões que obrigam a deixar forçadamente um país, e em dar voz aos que não podem fazer ouvir seu grito de dor e de opressão”

O Pontífice transmitiu uma mensagem de otimismo: convidou todos a buscar nos olhos e corações dos refugiados e deslocados a luz da esperança:

Uma “esperança que se expressa nas expectativas pelo futuro, no desejo de fazer amizades, de participar da sociedade que os acolhe, de aprender a língua, de ter acesso a um trabalho e de dar a chance de estudar aos menores. Admiro a coragem de quem espera gradualmente recomeçar uma vida normal, à espera que satisfações e amor voltem a alegrar sua existência. Todos nós podemos, e devemos, nutrir esta esperança!”.

Estas pessoas, segundo Francisco, precisam de ajudas urgentes, mas principalmente da nossa compreensão e bondade. Ele pediu aos pastores e à comunidade cristã que dediquem atenção especial ao caminho de fé dos cristãos refugiados e erradicados de suas realidades, e também dos migrantes.

“Eles requerem uma atenção pastoral especial, que respeite suas tradições e os acompanhe numa harmônica integração nas novas realidades eclesiais em que se encontram. Que nossas comunidades cristãs sejam realmente lugares de acolhimento, de escuta e de comunhão!”.

No final do encontro o Santo Padre invocou proteção maternal de Maria Santíssima para que ilumine a reflexão e a ação de todos e concedeu a todos a bênção papal. (JSG)

Com informações Radio Vaticano

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