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Vocação Universal para a Santidade

Redação (Sexta-feira, 02-08-2013, Gaudium Press) A comum vocação de todos os homens à santidade, qualquer que seja seu estado, é certificada pelo Catecismo da Igreja Católica (1) e por numerosos documentos do Concílio Vaticano II. (2)

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Santos. Museu Metropolitano
de Arte de Nova York

Conforme Bento XVI: “No contexto da vocação universal para a santidade (cf. 1 Ts 4, 3) encontra-se a vocação especial para a qual Deus exorta todos os indivíduos”. (3)

A Constituição Dogmática Lumen Gentium dedica-lhe um capítulo inteiro,(4) exortando o cristão a ser exemplo para todo próximo na medida em que, praticando os conselhos evangélicos, edifica toda a sociedade.

Ainda que todos os homens sejam convidados para a santidade, alguns o são de modo muito especial, sobre todo quando chamados a dar exemplo, pois pela própria perfeição são chamados a perfeicionar os demais.

Santo Tomás ressalta entre estes, sobre todo, os bispos e aqueles que levam vida religiosa, pois abdicam de certos bens terrenos, que poderiam usufruir livremente, para dedicar-se de modo mais integral e livre ao serviço de Deus. (5)

A Constituição Dogmática Lumen Gentium (6) os hierarquiza assim:

1. Os Bispos, que devem fazer de seu ministério “um sublime meio de santificação” a fim de ser “modelos do rebanho” (cf. 1 Ped. 5, 3) e com seu exemplo suscitar na Igreja “uma santidade cada vez maior”.

2. Os presbíteros, à semelhança da ordem dos Bispos e sempre em fiel e generosa cooperação, para que crescendo no amor de Deus e do próximo sigam aqueles que “nos deixaram magnífico exemplo de santidade” a fim de alimentar e afervorar sua ação “para alegria de toda a Igreja de Deus”.

3. Os diáconos, atendendo “a toda especie de boas obras diante dos homens” (cf. 1 Tim 3, 8-10. 12-13) e fazendo tudo para a gloria e honra de Deus. Aqui se incluem também aqueles que são chamados ao cumprimento de algum ministério para que, consagrando-se às atividades apostólicas, deem fruto em abundancia.

4. Os esposos e pais cristãos para que, na fidelidade mutua e imbuídos da doutrina cristã e das virtudes evangélicas eduquem a prole que amorosamente receberam de Deus dando “exemplo de amor incansável e generoso” e edificando a comunidade.

Por último, se incluem todos os fiéis, sejam quais forem as condições, tarefas ou circunstancias de seu estado para, através de todas elas, “receber tudo com Fé das mãos do Pai celeste e cooperar com a divina vontade, manifestando a todos, na própria atividade temporal, a caridade com que Deus amou o mundo”. (7) (TGE/JSG)

Por Padre José Victorino de Andrade, EP
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1) Ver, por exemplo, n. 941, 1533, 2013.
2) Entre outros: Lumen Gentium, n. 32; Gaudium et Spes, n. 34 ; Gravissimum Educationis, n. 2; Presbyterorum Ordinis, n. 2.
3) Visita Ad Limina Apostolorum dos Bispos do Canadá – Atlântico. 20 mai. 2006.
4) Capítulo V: A Vocação de todos à santidade na Igreja.
5) Cf. Sum. Theol. II-II Q. 184, a. 5.
6) Cf. Lumen Gentium, n. 41
7) Idem.

 

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