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Guerrilha proíbe celebração de Missas durante a semana no sul da Colômbia

Bogotá – Colômbia (Sexta-feira, 29-11-2013, Gaudium Press) Um grupo de guerrilheiros estabeleceu uma grave restrição para o apostolado da Igreja, em uma área de influência no sul da Colômbia: os sacerdotes não podem celebrar a Missa durante a semana. A principal queixa foi feita durante uma entrevista à uma emissora de rádio pelo Bispo de Mocoa – Sibundoy, a Diocese afetada, Dom Luis Alberto Parra. “Inicialmente a proibição era por toda a semana”, alertou o prelado, que descreveu que o protesto do povo forçou a guerrilha à permitir a celebração do sacramento nos finais de semana.

Pelas características de operação do grupo armado, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), esta situação afeta de maneira especial às áreas rurais, mas inclusive limitou o apostolado nas cidades de Puerto Asis e Puerto Guzmán. “Agora estamos na etapa de diálogo com os grupos armados que nos permitiram voltar a celebrar a Eucaristia nessas áreas da cidade, mas ainda não nos permitem ir para as zonas rurais onde as igrejas estão fechadas durante toda a semana”, descreveu Mons. Parra.

O antecedente imediatamente anterior à esta denúncia foi a ameaça sofrida por seis sacerdotes da região, que tiveram de ser transferidos para proteger suas vidas durante o mês de outubro. Sobre esta situação, disse o Padre Pedro Mercado, Secretário Adjunto da Conferência Episcopal da Colômbia, em nota divulgada pela agência Zenit. “Observamos com preocupação os problemas de segurança dos nossos Sacerdotes e Bispos, a quem é negada a liberdade de pregar a Palavra de Deus”, afirmou o sacerdote.

A Igreja, portanto, apelou às autoridades para que garantam os direitos dos católicos. De acordo com Padre Mercado, a hostilidade do grupo armado contra a Igreja tem sido consistente durante todo o conflito, mas tem aumentado nos últimos meses. O Relatório Internacional sobre Liberdade Religiosa, preparado em 2012 pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, reconheceu os grupos armados ilegais na Colômbia como fonte de assassinatos, sequestros, extorsões e ameaças a líderes e membros de grupos religiosos, em especial, a fim de evitar seu trabalho humanitário, desenvolvimento e proteção dos direitos humanos no país. (EPC)

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