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Papa pergunta: “quem sou eu diante do meu Senhor?"

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 14-04-2014, Gaudium Press) Iniciando os ritos da Semana Santa, com a procissão de ramos, neste domingo, 13, o Papa Francisco presenciou a chegada dos fiéis à Praça São Paulo, que traziam em suas mãos ramos de oliveiras e palmas para participar da Celebração Eucarística.

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Houve a procissão pelo interior da Praça São Pedro, que contou com a presença de jovens vindos da Diocese de Roma e de outros países, bem como mais de 100 sacerdotes, bispos e cardeais que concelebraram a Missa.

Uma das “parmurelu”, folha nova branca de palmeira tramada, entregue ao Papa, foi entrelaçada com mais três folhas de palmeira unidas, simbolizando a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo

Neste dia, a Igreja também celebrou a Jornada Mundial da Juventude em nível diocesano, com a entrega da Cruz e o Ícone de Nossa Senhora da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), trazida pelos brasileiros, aos jovens poloneses, que realizarão a próxima edição do evento, em Cracóvia, em 2016.

O Santo Padre, ao invés de proferir sua homilia escrita, resolveu improvisar uma reflexão para recordar os personagens descritos na leitura do Evangelho deste domingo. Logo depois, ele solicitou aos fiéis que fizessem um exame de consciência com o personagem que os identificasse.

“Esta semana tem início com a procissão alegre com os ramos de oliveira: todo o povo acolhe Jesus. As crianças, os jovens cantam, louvam a Jesus. Mas esta semana vai avante no mistério da morte de Jesus e da sua ressurreição. Ouvimos as palavras da Paixão do Senhor”, disse.

O Papa aproveitou a ocasião para dirigir algumas indagações aos presentes na Praça São Pedro:
“Quem sou eu diante do meu Senhor? Quem sou eu, diante de Jesus que entra em festa em Jerusalém? Eu sou capaz de expressar a minha alegria, de louvá-lo? Ou me distancio? Quem sou eu, diante de Jesus que sofre? Ouvimos muitos nomes: muitos nomes. O grupo de líderes, alguns sacerdotes, alguns fariseus, alguns mestres da lei que tinham decidido matá-lo. Eles estavam esperando a oportunidade para prendê-lo.”

“A minha vida está adormecida? Ou sou como os discípulos, que não entendiam o que significava trair Jesus? Como aquele discípulo que queria resolver tudo com a espada: eu sou como eles?”, continuou.

Depois, o Pontífice ainda fez outras perguntas aos fiéis, pedindo para que eles refletissem sobre os personagens citados pelo Papa, entre eles, Judas Iscariotes, “que finge amar e beija o Mestre para entregá-lo, para traí-lo”; Pilatos, que, “quando vejo que a situação está difícil, eu lavo as minhas mãos e não sei assumir a minha responsabilidade e deixo condenar as pessoas”; o Cirineu, “que voltava do trabalho, cansado, mas teve a boa vontade de ajudar o Senhor a carregar a cruz”; e José, “o discípulo escondido, que leva o corpo de Jesus com amor, para sepultá-lo”.

Então, o Santo Padre concluiu dizendo: “a qual dessas pessoas eu me assemelho? Que esta pergunta nos acompanhe durante toda a semana.” (LMI)

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