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"Ser santo é parecer-se com Jesus Cristo", diz Bispo de Frederico Westphalen

Frederico Westphalen – Rio Grande do Sul (Segunda-Feira, 28/07/2014, Gaudium Press) Dom Antônio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese gaúcha de Frederico Westphalen escreveu um artigo em que ele afirma que corremos o risco de andar pela vida atrás de bolas de sabão. Ele explica que no Evangelho do último domingo, Jesus fala do tesouro que todos podemos encontrar de verdade, mas é preciso vender tudo, pôr todas as coisas em segundo lugar por causa desse tesouro, que é a único pelo qual vale a pena viver e morrer.

O Prelado ainda lembra a figura de Salomão, que pediu a Deus a sabedoria para governar bem o seu povo, e o Senhor fica contente com o seu pedido e dá não só a sabedoria mas também o que não Lhe pedira: a riqueza e o poder e uma vida longa. “Hoje o orgulho cegou muitos homens. Não têm a sabedoria verdadeira, que vem de Deus e fazem propaganda dos maiores disparates. Orgulham-se dos seus estudos e não passam de loucos. Porque a verdadeira sabedoria não se aprende nas escolas, mas no colo da mãe, nos bancos da catequese e na oração”, completa.

Segundo o Bispo, a verdadeira sabedoria anda ligada com a fé e temos de pedi-la e cultivá-la na oração. Para ele, é preciso alimentá-la com a escuta da Palavra de Deus na Santa Missa, no estudo pessoal, na leitura piedosa e nos meios de formação espiritual que Deus põe ao nosso alcance. “Temos de viver a nossa fé cumprindo fielmente os mandamentos na vida de cada dia.”

Dom Keller salienta que vamos sempre encontrar na Lei de Deus a nossa alegria. Ele recorda as palavras do salmista: “A vossa lei faz as minhas delicias… Eu amo os vossos mandamentos mais que o ouro, o ouro mais fino”. Por isso, o Prelado nos convida a aprofundarmos a nossa fé, deixando-nos guiar por ela sem condições e encontraemos a alegria verdadeira já neste mundo e saberemos comunicá-lo aos outros, porque este tesouro não é só para nós, e aumenta na medida em que se reparte.

São Paulo, na segunda Leitura do domingo passado (Romanos, 8,28-30) dizia-nos que “Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam”. De acordo com o Bispo, ser santo é ser feliz, mesmo no meio das coisas desagradáveis da vida, que Deus permite para nosso bem. Ele destaca que tudo é para o bem se amamos a Deus e a única desgraça é o pecado, sobretudo o pecado mortal, porque nos afasta de Deus, fonte da alegria.

“Omnia in bonum – tudo é para bem – gostava de rezar como jaculatória São Josemaria, repetindo as palavras de São Paulo. Deus escolheu-nos, chamou-nos à vida. E tem um projeto maravilhoso para cada um de nós. Predestinou-nos para sermos à imagem do Seu Filho. Quer que sejamos santos e dá-nos as graças para isso, por meio de Jesus na Sua Igreja”, ressalta.

Por fim, Dom Keller reforça que ninguém pode desculpar-se que não pode ser santo, pois essa é a meta de cada um dos cristãos, como lembrava São João Paulo II no começo do 3º milénio ao lançar um programa para toda a Igreja: “Colocar a programação pastoral sob o signo da santidade é uma opção carregada de consequências. Significa exprimir a convicção de que, se o Batismo é um verdadeiro ingresso na santidade de Deus, através da inserção em Cristo e da habitação do seu Espírito, seria um contrassenso contentar-se com uma vida medíocre, pautada por uma ética minimalista e uma religiosidade superficial”.

Para o Bispo ser santo é parecer-se com Jesus Cristo, sermos conformes à Sua imagem, e isso realiza-se pela graça de Deus, que recebemos no batismo e nos identifica com Ele. “À medida que vamos crescendo na graça vamo-nos parecendo cada vez mais com Jesus”, conclui. (FB)

 

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