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Secretário da Pastoral Penitenciária do Episcopado mexicano denuncia ameaças de funcionários do Distrito Federal

Cidade do México (Quinta, 16-07-2009, Gaudium Press) Em depoimento ao Sistema Informativo da Arquidiocese do México (SIAME), o bacharel Pedro Arellano Aguilar, secretário da Pastoral Penitenciária da Conferência Episcopal Mexicana, denunciou as ameaças recebidas por parte dos funcionários do Distrito Federal desse país, “raiz” de matérias no semanário ‘Processo’ de uma investigação que coordenou sobre a situação das cadeias do país, incluídas as da capital.

Na entrevista, Arellano afirma que “não há abertura (de parte das autoridades penitenciárias do Distrito Federal) para reconhecer a inocultável corrupção, o atraso das investigações, o fracasso da indústria penitenciária, as violações dos direitos humanos e a aglomeração inumana que imperam nos presídios”.

O bacharel Arellano indicou que o diálogo com as autoridades penitenciárias do resto do país é “fluído e cordial, incluindo o intercâmbio de dados”, porém não ocorreria o mesmo com os funcionários da capital: “No governo do Distrito Federal não tem sido assim, temos tido diálogos ríspidos com as autoridades penitenciárias, reclamações, ameaças contra minha integridade pessoal e agora propagação de dados falseados”.

O secretário da Pastoral Penitenciária disse que tem solicitado um diálogo com a secretária e a subsecretária do governo e com a Procuradoria do Distrito Federal, “para saber o porquê dessa situação”. Manifestou também que tem recebido manifestações de solidariedade e apoio por parte de numerosas pessoas, entre outros do cardeal primado do México, cardeal Norberto Rivera Carrera, bispos, juízes e magistrados e comunicadores.

Entre outros resultados, Arellano declarou que a Pastoral Penitenciária da Conferência do Episcopado Mexicano trouxe ao país “a experiência de ‘Líbera’, organismo da sociedade civil que é o principal responsável da luta contra a máfia e o crime organizado na Itália e que é dirigida pelo padre Luigi Ciotti. Esse organismo promove a educação anticrime em 60% das escolas e universidades da Itália, organiza os familiares das vítimas, denuncia a cumplicidade entre governo-máfia e fomenta cooperativas com os bens confiscados ao crime organizado”.

 

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