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Catecismo para a Confirmação é traduzido para a língua criola

Guiné Bissau – Bafatá (Segunda-feira, 01-09-2014, Gaudium Press) O Bispo de Bafatá (Guiné Bissau), Dom Pedro Zilli, dirigiu a tradução de um programa de catequese para o Sacramento da Confirmação à língua étnica criolo. O trabalho foi realizado por um sacerdote, uma religiosa e dois seculares e recebeu o nome de “Bo risibi Spiritu Santu” (Recebei o Espírito Santo) e representa um avanço na Evangelização de um país cuja povoação majoritariamente (por volta de 90%) fala línguas étnicas.

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“O Senhor nos abençoe a todos e a cada um de nós e aos candidatos à confirmação derramando seu Espírito Santo”, expressou Dom Zilli na apresentação do catecismo, segundo reportou a agência Fides. “Que este Catecismo possa ser uma fonte de inspiração para uma catequese mais sistemática, que não seja fruto de uma espontaneidade improvisada”.

Um apoio à missão evangelizadora

O criolo, língua na qual se traduziu o guia “Recevez l’Esprit-Saint” da Secretaria Nacional para a Catequese do Senegal, é a mais utilizada pela povoação (por volta de 44%) e é um tipo específico de português. O texto completo foi enviado às comunidades missionárias, que poderão expressar seus comentários com olhos à edição final. O catecismo consta de 27 sessões de trabalho, divididas em três parte, das quais a primeira delas já está sendo empregada nas comunidades.

Dom Zilli preside a Diocesis de Bafatá desde sua fundação em 2001 e se calcula o número de crentes em 30 mil em uma povoação total de 600 mil pessoas. Para o prelado, a Evangelização Ad Gentes no país é ainda uma prioridade pelo baixo nível de conhecimento da Fé Cristã. “Em Guiné ainda há povoações de religião tradicional quase totalmente isoladas do mundo exterior”, explicou o prelado em 2013 ao sacerdote jornalista Padre Piero Gheddo. “Há grandes partes de minha Diocese, como Boe, no qual não temos presença cristã. É um longo caminho no primeiro anúncio e este é um assunto chave em nossa Diocese e em toda Guiné”.

“Temos que dar a conhecer a Cristo, mas a rota até o Batismo é lenta e longa ao menos em nossa África rural, onde tudo avança lentamente”, relatou nesse momento o Bispo. “A missão real entre os gentis está ainda em sua infância aqui, e por isso necessitamos de missionários”. (GPE/EPC)

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