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Subsecretário do Conselho Pontifício Cor Unum fala de sua experiência na Albânia

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 01-09-2014, Gaudium Press) Dom Segundo Tejado, missionário espanhol e hoje subsecretário do Pontifício Conselho Cor Unum não duvida em afirmar que a “Albânia foi um povo mártir”. A Rádio Vaticano o entrevistou em perspectiva da próxima visita do Papa ao país em setembro, e dada sua experiência de 10 anos aí em trabalhos evangelizadores.Dom Segundo Tejado.jpg

Este religioso espanhol foi ao ‘povo das águias’ entre 1993 e 1994 com a intenção de fazer ressurgir a Igreja albanesa. Entre outros cargos exercidos se destaca seu trabalho como missionário, pároco, diretor da Cáritas do país, e sub-secretário da Conferência Episcopal Albanesa. Dom Tejado explicou a Radio Vaticano, como foi bonita esta etapa, mas também como foi difícil e ao mesmo tempo apaixonante, e que nestes anos lhes tocou viver a guerra do Kosovo, além da crise das sociedades piramidais onde as pessoas perderam todas as suas economias.

Dom Tejado conta como sofreu este povo ao longo da história, sobretudo durante os 40 anos de ditadura nos quais esteve proibido por lei de ter qualquer tipo de crença, e nos quais sobretudo, foram perseguidos os católicos, “ali se se batizava a uma criança, te fuzilavam, a maioria dos padres estavam em cárceres ou campos de concentração”.

Apesar de tudo o comunismo não pode arrancar a semente católica que jazia em muitos corações, e isto foi uma das coisas que mais impactaram a Tejado: “foi uma recepção que não se encontra no Ocidente, a secularização tem um veneno que arranca pela raiz o sentimento religioso, e isto o comunismo não conseguiu na Albânia”.

Respondendo a pergunta de como foi difícil ou fácil dar a conhecer a palabra do Evangelho depois de tantos anos de vazio espiritual, Tejado explica que viveu uma grata surpresa ao ver que os albaneses tinham uma “recepção muito fresca, não só por parte dos que já eram católicos, mas também dos que até aquele então foram ateus”. (GPE/EPC)

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