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Sangue de São Genaro se liquefaz em Nápoles

Nápoles – Itália (Segunda-feira, 22-09-2014, Gaudium Press) “São Genaro está vivo em seu sangue (…) e ele ama Nápoles”, foram as palavras pronunciadas pelo Cardeal Crescensio Sepe, Arcebispo de Nápoles, ao presidir a tradicional cerimônia da festividade de São Genaro, Bispo de Benevento e padroeiro da cidade italiana, na Catedral onde permanecem suas relíquias, e que na última sexta-feira, 19 de setembro, foi novamente testemunha de um fenômeno milagroso que se repete anualmente: a liquefação de seu sangue.

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Este acontecimento, que já é tradição para a data, está estreitamente
ligado com a história de Nápoles e vários acontecimentos
catastróficos dos que foi prevenida a cidade
/ Foto: Paola Magni.

Este acontecimento, que já é tradição para a data, está estreitamente ligado com a história de Nápoles e vários acontecimentos catastróficos dos que foi prevenida a cidade que tem relação direta com o milagre do sangue do santo que se faz líquido, um prodígio que se conhece desde o ano 1398 graças ao cronista medieval Chronicom Siculum, que descreveu com estupor o fenômeno singular da liquefação. Já a partir do século XVI se faz referência ao milagre e a São Genaro, a quem se lhe atribui o haver protegido a Nápoles das guerras, pestes e dos efeitos de catástrofes naturais como a erupção do vulcão Vesúvio.

É por estes acontecimentos, que muitos residentes de Nápoles acreditam que se o sangue não se torna líquido para a festividade de São Genaro, é sinal que alguma tragédia cairá sobre a cidade. Pelo menos assim ficou consignado na história em 1980 quando o milagre não ocorreu e nesse ano um terremoto afetou o sul de Nápoles, que deixou mais de 2 mil mortos.

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A Catedral de Nápoles
resguarda as relíquias
de São Genaro que se
encontra na Capela
Real do Tesouro / Foto:
Andrea Tosatto.

Em todos os anos de história deste acontecimento não se deu nenhuma explicação científica ao fenômeno reiterado da liquefação do sangue, mas ficou consignadas várias investigações que se realizaram com a relíquia exposta que se referem ao caráter sobrenatural do sucesso.

Destas explorações, também se chamou a atenção dos cientistas o fato palpável que o sangue, em seu estado sólido, não ocupa sempre o mesmo volume da ampola onde está contido, o qual, em algumas ocasiões, chega a ocupar todo o recipiente.

Todos estes dados históricos, assim como testemunhos dos cidadãos napolitanos, fazem que a relíquia de Sangue de São Genaro -resguardada na Capela Rela que lava seu nome na Catedral de Nápoles-, seja todo um tesouro para a cidade italiana e grande testemunho do santo. “O verdadeiro tesouro são as relíquias do Santo, sinal e testemunho, sobretudo aquela do sangue prodigiosa, de uma Fé que se faz concreta no sacrifício do dom de si pelo amor de Deus”, escrevia em uma oportunidade Dom Vicenzo De Gregorio, Abade da Capela Real do Tesouro de São Genaro.

São Genaro, Padroeiro de Nápoles, foi Bispo de Benevento (Itália). Morreu mártir na perseguição dos cristãos durante o reinado do imperador romano Diocleciano. (GPE/EPC)

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