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"A vida religiosa é um estado de peregrinação", diz o Bispo de Erexim

Erexim – Rio Grande do Sul (Quinta-Feira, 27/11/2014, Gaudium Press) “Vida Consagrada, testemunho de paz e fraternidade” é o título do mais recente artigo de Dom José Gislon, Bispo Diocesano de Erexim, no Rio Grande do Sul, e Administrador Apostólico de Chapecó, em Santa Catarina. Ele afirma que neste domingo, dia 30 de novembro, a Igreja Católica dá início ao Ano da Vida Consagrada.

Segundo o Prelado, durante este ano, a Igreja não quer só fazer memória de toda a contribuição que os consagrados e consagradas deram à instituição no anúncio do Evangelho, através de sua presença na evangelização nos vários continentes através das missões, mas, principalmente, bendizer a Deus pelo próprio dom da vida consagrada.

Ainda de acordo com o Bispo, todo consagrado ou consagrada, seja ele pertencente a uma Ordem, Congregação religiosa ou Instituto Secular, leva consigo a riqueza do carisma, herança e dom de Deus doado ao fundador ou fundadora. Ele salienta que neste sentido, os carismas são um dom de Deus, não só para a vida dos membros das instituições, mas também para a Igreja e o povo de Deus.

“Quanto mais um carisma dirigir seu olhar para o coração do Evangelho, tanto mais eclesial será o seu exercício. É na comunhão, mesmo que seja fadigosa, que um carisma se revela autêntica e misteriosamente fecundo” (EG 130).

Além disso, Dom Gislon afirma que a vida consagrada teve um papel profético ao longo da história da Igreja, ajudando a própria Igreja a fazer um caminho de conversão. Conforme ele, os consagrados são caracterizados como “homens e mulheres de Deus”, e a vida religiosa consagrada nasce e se desenvolve como forma original de seguimento a Jesus.

“Ela não é um estado de perfeição e sim um estado de peregrinação, pois é chamada a estar a serviço do Reino, no silêncio dos mosteiros, na educação, na saúde, na ação missionária, e, de forma privilegiada, nas realidades onde estão os pobres e excluídos da sociedade. Vivendo com alegria o despojamento da entrega a Deus, os consagrados podem testemunhar com mais força o amor que se faz doação, indo ao encontro dos menos favorecidos, levando-lhes a ternura do amor de Cristo Jesus”, avalia.

Para concluir, o Prelado enfatiza que no mundo a vida consagrada é chamada a encarnar a Boa-Nova, chamada ao seguimento de Cristo, o Crucificado ressuscitado, a fazer seu o modo de existir e de agir de Jesus como Verbo encarnado diante do Pai e diante dos irmãos.

“Assumir, concretamente, o seu estilo de vida e deixar-se invadir pelo espírito, compartilhando riscos e esperanças de quem foi encontrado, alcançado e transformado pela Verdade que é Cristo. Mas essa verdade precisa ser anunciada com a alegria de discípulos e missionários do Senhor”, finaliza. (FB)

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