A família mais bela e protagonista é a que “sabe comunicar a beleza e a riqueza do relacionamento”, lembra o Pontífice

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 23-01-2015, Gaudium Press) Em mensagem pelo 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Santo Padre dedicou sua mensagem às famílias, que se encontram no centro de uma profunda reflexão eclesial e de um processo sinodal.

Com o tema “Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”, a mensagem foi publicada nesta sexta-feira, 23, durante a vigília da Festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos comunicadores.

Francisco recorda-se, em seu texto, que a família deve ser observada como o primeiro lugar o qual aprendemos a nos comunicar, sendo o ventre materno a primeira “escola” de comunicação, composta pela escuta e contato corporal.

A família, prosseguiu, é como o espaço onde se aprende a conviver nas diferenças, de gêneros e de gerações, pois é nela que aprendemos ainda outra forma fundamental de comunicação: a oração.

“A família é, sobretudo, a capacidade de se abraçar, apoiar, acompanhar, decifrar olhares e silêncios, rir e chorar juntos, entre pessoas que não se escolheram e, todavia, são tão importantes uma para a outra”, ressaltou.

O Papa ainda aconselha a “abençoar em vez de amaldiçoar, visitar em vez de repelir, acolher em vez de combater”, uma vez que essa é a única forma de quebrar a espiral do mal.

Além disso, o Pontífice lembrou e advertiu os presentes sobre o uso das novas tecnologias que, ao invés de estreitar laços, podem se tornar uma forma de se subtrair a escuta, de se isolar, de saturar todo o momento de silêncio.

“A comunidade cristã é chamada a colocar-se ao seu lado, para que saibam ensinar os filhos a viver segundo os critérios da dignidade da pessoa humana e do bem comum.”

Prestes a encerrar seu discurso, Francisco disse que “a família mais bela, protagonista e não problema, é aquela que, partindo do testemunho, sabe comunicar a beleza e a riqueza do relacionamento entre o homem e a mulher, entre pais e filhos”.

“Não lutemos para defender o passado, mas trabalhemos com paciência e confiança, em todos os ambientes onde diariamente nos encontramos, para construir o futuro”, finalizou. (LMI)