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Autoridades em Myanmar ordenam demolir Cruz de 16 metros de altura

Hakha – Myanmar (Sexta-feira, 30-01-2015, Gaudium Press) As autoridades do estado de Chin, em Myanmar, emitiram uma ordem que estabelece o dia 30 de janeiro como data limite para retirada de uma Cruz de 16 metros de altura instalada em uma colina da cidade de Hakha. A razão dada pelas autoridades é que o monumento não conta com as permissões de construção requeridos e vinculou a um ancião crente, Tial Cem, da etnia Chin, a um processo judicial que poderia condená-lo a dois anos de prisão.

O fato que recorda a onda de demolições de símbolos cristãos na China, foi denunciado pela instituição defensora dos direitos humanos Chin Human Rights Organization (CHRO) que busca que se retire esta ordem para proteger o direito à liberdade religiosa dos cristãos da região. Segundo esta organização, os povoadores “não pediram permissão oficial, porque sabiam que não lhes haveria sido concedida” por causa de sua condição de símbolo religioso cristão. Se os cristãos não removerem a Cruz, o proprietário do terreno seria processado judicialmente.

Neste momento já há uma pessoa investigada por causa da presença da Cruz, o ancião Tial Cem, que curiosamente não está sendo processado pela construção do monumento religioso mas pela alegada exploração de madeiras que teria sido necessária para dar espaço ao símbolo cristão. Este fato seria uma violação do código florestal e acarretaria uma pena de até dois anos de prisão. Para CHRO o caso na realidade está conectado à pressão das autoridades sobre a minoritária comunidade cristã. As “restrições discriminatórias” em vigor em Myanmar, denunciou, “fazem que seja praticamente impossível obter permissões para edifícios e monumentos religiosos” que não correspondam ao culto budista de caráter oficial no país. (GPE/EPC)

 

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