De onde veio a palma que o Papa utilizou no Domingo de Ramos?

Elche – Espanha (Segunda-feira, 30-03-2015, Gaudium Press) A partir de Elche, Espanha, a prefeitura enviou a palma de três metros que presidiu a bênção prévia à Celebração Eucarística do Domingo de Ramos na Praça de São Pedro.

Ela foi produzida por Serrano Valero, e em sua fabricação foram empregados entre 5 e 6 pessoas. Tradicionalmente esta palma leva tecidas as Chaves de São Pedro e a antiga Tiara Pontifícia.

“Para nós é uma honra que a cada ano a prefeitura nos faça este favor. Além disso, é um orgulho ver que uma peça tão importante, que trabalhamos com muito carinho, mostra-se na praça de São Pedro e é visível para todo o mundo. É um orgulho e quando a vemos nesse dia nos emocionamos”, assegura Paqui Serrano.

A palma de Sanremo

Junto à de Elche existe uma tradição mais antiga de Palmas de Páscoa para o Papa.

Corria o ano de 1586 quando estava-se erigindo o obelisco em plena Praça Vaticana, de 26 metros de altura e 350 toneladas. A precisão requerida na operação fez com que o Papa decretasse um silêncio absoluto, e quem o quebrasse sofreria a maior das penas.

Entretanto, o capitão Benedetto Bresca -a partir de sua experiência de marinheiro- viu que era necessário esfriar as cordas que estavam se aquecendo e gritou: “Água nas cordas!”. O Papa quis premiar esse gesto de valor diante da proibição existente, e ofereceu uma recompensa.

O marinheiro pediu que o privilégio de prover a palma pascal do Pontífice pertencesse a ele e aos seus descendentes, e assim continua sendo até hoje. (GPE/EPC)