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Papa envia carta ao Bispo de Ávila pelo V Centenário de nascimento de Santa Teresa

Ávila – Espanha (Quarta-feira, 01-04-2015, Gaudium Press) Com data de 28 de março de 2015, o Papa Francisco enviou uma carta ao Bispo de Ávila, na Espanha, Dom Jesús García Burillo, por ocasião do V Centenário do nascimento de Santa Teresa, mensagem que inicia declarando que por esses dias “meu coração está em Ávila”, e nos lugares que conservam a memória da Santa.

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Na carta, e depois de recordar o “inédito gesto” de Paulo VI ao conferir-lhe o título de Doutora da Igreja em 1970, o Papa Francisco se pergunta o que lhe diria “se pudéssemos falar com ela”. “Seus primeiros interlocutores seriam os religiosos e as religiosas -expressa o Pontífice, aos quais a Santa animaria a comprometer-se sem rodeios: ‘Não, minhas irmãs, não é tempo de tratar com Deus negócios de pouca importância’ (Caminho 1,5)”.

Meditando nos presbíteros, “Santa Teresa diria abertamente: não os esqueçam em sua oração. Sabemos bem que para ela foram apoio, luz e guia”. Mas também, e sobretudo a Santa orava por eles e pedia para suas monjas que estivessem “todas ocupadas em oração pelos que são defensores da Igreja e os pregadores e letrados que a defendem” (Caminho 1,2). Que belo seria que a imitássemos rezando infatigavelmente pelos ministros do Evangelho, para que não se apague neles o entusiasmo nem o fogo do amor divino e se entreguem por completo a Cristo e a sua Igreja, de modo que sejam para os demais bússola, bálsamo, estímulo e consolo, como o foram para ela”.

Pensando nos leigos, Santa Teresa recordaria aos seus pais e aos bons pais de todo o mundo: “O ter pais virtuosos e temerosos de Deus me bastara, se eu não fosse tão ruim, com o que o Senhor me favorecia, para ser boa”, dizia ela de seus pais. “Necessitamos hoje homens e mulheres como eles [ndr. Como os bons leigos que Santa Teresa conheceu ao longo de sua vida], que tenham amor à Igreja, que colaborem com ela em seu apostolado, que não sejam somente destinatários do Evangelho mas discípulos e missionários da divina Palavra. Existem ambientes aos quais somente eles podem levar a mensagem de salvação, como fermento de uma sociedade mais justa e solidária. Santa Teresa segue convidando aos cristãos de hoje a somar-se a causa do Reino de Deus e a formar lares onde Cristo seja a rocha na qual se apoiem e a meta que coroe seus anelos”.

Aos jovens, o Papa lhes deseja que o “exemplo de Santa Teresa infunde valentia às novas gerações, para que não se lhes enrugue ‘a alma e o ânimo'”. À Santa o Papa pede que nos presenteie com a devoção que ela tinha a São José.

E conclui o Papa sua carta pedindo a Dom García Burillo “que reze e faça rezar por mim e meu serviço ao santo Povo fiel de Deus”. O Papa também encomenda aos que comemoram o V Centenário de Santa Teresa. (GPE/EPC)

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