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Bispo de Cornélio Procópio fala sobre Assembleia dos Bispos

Cornélio Procópio – Paraná (Sexta-Feira, 17/04/2015, Gaudium Press) O Bispo da Diocese paranaense de Cornélio Procópio, Dom Manoel João Francisco, escreveu um artigo sobre a 53ª Assembleia dos Bispos do Brasil, que começou no dia 15 deste mês e seguirá até o dia 24, no Santuário de Aparecida, em São Paulo. No início do texto, ele afirma que antes estas assembleias aconteciam num mosteiro dos padres jesuítas em Itaici, um local próximo de Campinas.

De acordo com o Prelado, de uns tempos para cá as assembleias dos bispos vêm acontecendo em Aparecida. Ele explica que os bispos pretendem, com esta mudança, expressar, de forma bem clara, que querem colocar todas as reflexões e orientações destes dias de trabalho sob a proteção de nossa Senhora Aparecida, padroeira de todo o povo brasileiro.

“Por isso, iniciam cada novo dia com a celebração da santa missa, que é transmitida pela TV Aparecida e outras emissoras católicas. Convido os irmãos e irmãs, que puderem, para rezarem pelo bom êxito de nossa assembléia. Mas, alguém poderá estar se perguntando por que os bispos se reúnem em assembleia todos os anos. Há mesmo necessidade desta reunião?”, questiona o Bispo.

Dom Manoel responde que, neste sentido, é bom lembrar que Cristo ao fundar sua Igreja colocou à sua frente um grupo de 12 Apóstolos para governá-la e escolheu Pedro para coordenar o grupo, mas não para governar sozinho. No Evangelho de São Mateus, no capítulo 16,18-19 encontra-se esta passagem: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.

Ele recorda que um pouco mais adiante, no capítulo 18,18, Jesus, dirigindo-se aos Doze Apóstolos, lhes disse: “Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu”. Para o Prelado, nestas duas passagens Jesus é muito claro: ele quer que sua Igreja tenha alguém à frente para coordená-la, mas não quer que esta pessoa aja sozinha, pois outras pessoas devem assessorá-la.

“Hoje o Papa, sucessor de São Pedro é assessorado por uma organização chamada Cúria Romana. Ali trabalham cardeais e bispos do mundo inteiro. De vez em quando, o Papa convoca um Sínodo para refletir sobre novos temas. Por exemplo: no ano passado aconteceu o Sínodo extraordinário sobre a família e neste ano vai ocorrer o Sínodo ordinário que continuará refletindo sobre temas atuais relativos à família. No Sínodo participam bispos, peritos e representantes do povo cristão do mundo inteiro. Como os irmãos e as irmãs podem perceber, o Papa não age sozinho”, diz.

Concluindo, Dom Manoel ressalta que como acontece para a Igreja do mundo inteiro, a Igreja que está num país também não é dirigida por uma única pessoa, mas pelo conjunto dos bispos. Segundo ele, no Brasil são mais de 300 bispos e por isso eles precisam se encontrar, pelo menos uma vez por ano, para rezarem juntos, refletirem e emitirem orientações para os católicos do Brasil inteiro.

“Desta forma a Igreja se mantém unida, segundo o desejo do próprio Cristo que na véspera de sua paixão rezou ao Pai: ‘Que todos sejam um, como tu Pai, estás e mim, e eu em ti… para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitamente unidos, e o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste como amaste a mim'” (Jo17,21-23).

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