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Bispos da Namíbia e Lesoto recebidos no Vaticano

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 24-04-2015, Gaudium Press) – Os bispos da Namíbia e do Lesoto, que são unidos em uma mesma Conferência Episcopal, foram recebidos pelo Papa Francisco no final da manhã de hoje, 24.
A delegação africana é composta por 7 membros e faz nesses dias sua visita ‘ad Limina Apostolorum’.

Os dois países do sul da África são predominantemente cristãos: na Namíbia, os protestantes são em maior número; no Lesoto, os católicos são maioria. Eles têm em comum uma série de problemas econômicos e sociais e também enfrentam desafios no âmbito religioso.

No discurso de saudação ao Papa, Dom Liborius Nashenda, Arcebispo de Windhoek e Presidente da Conferência Episcopal afirmou que nos dois países “a nossa principal prioridade é tornar a Igreja autossuficiente, garantir que os fiéis se sintam protagonistas de sua Igreja. E este é um ponto no qual nós insistimos”.

Neste sentido, Dom Liborius apontou também um desafio que o episcopado está tendo que enfrentar: “Nossa Igreja foi fundada pelos missionários e agora eles estão diminuindo. Por isso, temos que mobilizar os nossos fiéis e rezar por mais vocações locais. Assim vamos poder um dia alcançar a autossuficiência”.

O Arcebispo disse ser necessário preparar adequadamente os que decidem seguir o sacerdócio ou a vida consagrada, “para que se tornem evangelizadores eficazes. A presença dos leigos está aumentando e cresce com ela a consciência de que a Igreja pertence também a eles”.

Papa Francisco

O Papa agradeceu a visita dos prelados e demonstrou conhecer a realidade dos dois países, cujas igrejas e capelas, paróquias, centros missionários e comunidades atraem muitos a uma vida comunitária centrada na oração e no trabalho. “Famosas também são as escolas católicas em todos os níveis, as clínicas e hospitais, construídos com amor e fidelidade”, escreve o Pontífice no discurso que foi distribuído na ocasião.

O Papa tratou das dificuldades das questões sociais encorajando os pastores: “Fortaleçam os fiéis no amor para vencerem o egoísmo na vida privada ou pública; sejam generosos em levar a ternura de Cristo onde há ameaças à vida humana, desde o ventre materno até a velhice, e de modo especial, àqueles que sofrem com o HIV e a AIDS”.

Em sua mensagem, Francisco trata da situação das famílias fragmentadas devido aos trabalhos longe de casa, ou por separações e divórcios. Ele exortou os bispos a continuarem sendo ajuda e orientação, sustentando as famílias e assegurando-lhes que o sacramento da misericórdia é sempre disponível. E lembrou:
“Crianças de famílias saudáveis serão mais facilmente abertas a uma vida de serviço incondicional à família da Igreja”.

Um pouco mais adiante o Papa referiu-se ao tema das vocações: “é importante falar abertamente sobre a experiência gratificante e alegre de oferecer a própria vida a Cristo: quando se vive na verdade e alegria os compromissos sacerdotais, o celibato na castidade e o desapego dos bens materiais as vocações ao sacerdócio e à vida consagrada certamente não faltam”.

Em sua comunicação, o Santo Padre enalteceu o testemunho e o serviço de tantas comunidades de irmãos e irmãs religiosas e das associações de leigos na Igreja de Lesoto e Namíbia: “Nós confiamos neles na edificação da Igreja, material e espiritualmente, e o seu papel se torna cada vez mais indispensável”.

Na parte final da mensagem papal, o Pontífice pede aos bispos para serem homens de oração profunda e constante, no caminho para a felicidade mais profunda citando a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium: “Quando a Igreja faz.

Da Redação Gaudium Press, com informações Radio Vaticano

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