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“Para agir como corpo, precisamos ter uma cabeça”, diz o Bispo de Santa Cruz do Sul

Santa Cruz do Sul – Rio Grande do Sul (Segunda-Feira, 27/04/2015, Gaudium Press) “Igreja em Articulação” é o título do mais recente artigo de Dom Canísio Klaus, Bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul. Em sua reflexão, o Prelado recorda que ao final da 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em que muitos trabalhos foram realizados e as discussões levadas a efeito, importantes decisões passarão a iluminar o trabalho da Igreja no Brasil daqui pra frente.

Segundo o Bispo, uma das coisas bonitas que temos na nossa Igreja é o sentimento de comunhão que existe entre nós. Ele afirma que em muitas oportunidades, ao longo da Assembleia, foram citados o Concílio Ecumênico Vaticano II e as palavras do Papa Francisco. Além disso, também foram lembradas decisões tomadas em assembleias anteriores, assim como a caminhada histórica realizada pela Igreja no Brasil.

“Isso não quer dizer que não tivesse havido discussões sobre temas candentes da realidade, uma vez que os participantes foram incentivados a manifestarem seus pontos de vista, mesmo que estes estivessem em desacordo com o entendimento da maioria dos bispos. Aliás, na Assembleia da CNBB costumamos dizer que o nosso regime não se orienta pela democracia, mas pela comunhão. Por isso, os temas propostos são discutidos até a exaustão, com o intuito de chegarmos a um consenso”, avalia.

Outro aspecto destacado por Dom Klaus, que ocorreu durante o evento, foi a eleição da nova presidência e os presidentes das doze comissões episcopais de pastoral. “Entendemos que, para podermos agir como corpo, precisamos ter uma cabeça. E isso exige que alguns bispos façam um sacrifício especial, já que não temos bispo liberado para assumir as funções de coordenação”, diz.

Foram eleitos o Arcebispo de Brasília, Dom Sérgio Rocha, para ser o presidente, e Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador (BA), para a vice-presidência. E, para a função de secretário geral foi escolhido Dom Leonardo Steiner, Bispo auxiliar de Brasília. Conforme o Prelado, desta forma, facilitaremos os trabalhos da presidência, uma vez que a sede da CNBB está em Brasília.

Por fim, Dom Klaus salienta que o mesmo que se dá com a CNBB em nível nacional, também acontece nas dioceses e paróquias. Ele explica que para poder funcionar de forma articulada, a Diocese pede a alguns padres um sacrifício especial para assumirem funções de coordenação e assessoria em setores de pastoral. Ainda nas paróquias se pede que algumas lideranças das comunidades participem dos conselhos ou assumam serviços de animação em nível paroquial.

“Sem esta articulação deixaríamos de ser católicos e nos transformaríamos em pequenas seitas sem referência em nível de Diocese, país e mundo. Seríamos uma Igreja sem comunhão. Rezemos pela nova presidência da CNBB e pelo nosso Papa, para sejam iluminados em sua missão”, conclui. (FB)

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