Brasileiros ensinaram Papa a ter saudades…

Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 29/07/2015, Gaudium Press) – Depois de uma semana cheia de compromissos e com muito trabalho, o Papa Francisco, há exatos dois anos, preparava-se para encerrar a Jornada Mundial da Juventude – Rio 2013.

Era a primeira viagem apostólica de seu pontificado.

Relembrando seus discursos percebe-se que ele assimilou rapidamente várias palavras do vocabulário português e as usou fluentemente.

Provavelmente, a palavra portuguesa que lhe tenha mais influenciado tenha sido aquela que não tem similares perfeitos em outros idiomas, pois, e que é algo que o brasileiro faz questão de ter e cultivar dentro de seu modo de ser afável e muito relacionante. Uma palavra cujo sentido que ela exprime só é percebido e assimilado a partir do momento em que se vive o sentimento que dela demonstra, exprime aflora e marca: “saudade”.

Em seu último discurso, o Papa fez uso da palavra saudade diversas vezes. E parece que Francisco assimilou o significado profundo dessa palavra e, sem dúvida… sentiu saudades:

“Parto com a alma cheia de recordações felizes… Neste momento, já começo a sentir saudades. Saudades do Brasil, este povo tão grande e de grande coração; este povo tão amoroso. Saudades do sorriso aberto e sincero que vi em tantas pessoas, saudades do entusiasmo dos voluntários. Saudades da esperança no olhar dos jovens no Hospital São Francisco. Saudades da fé e da alegria em meio à adversidade dos moradores de Varginha…. Obrigado pelo acolhimento e o calor da amizade que me foram demonstrados. Também disso começo a sentir saudades”.

O povo brasileiro conquistou o coração de Francisco e ele parece querer viver e sentir novamente tudo que passou:
“O Papa vai embora e lhes diz ‘até breve’, um ‘até breve’ com saudades”.

Mas, em breve o Papa poderá “matar as saudades”. Daqui a pouco estaremos comemorando os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, como demonstrou ele: “Que Nossa Senhora Aparecida lhes proteja. Adeus até quando eu voltar, em 2017! ” (JSG)