Responsável pelos Exorcismos nas Filipinas pede aos Bispos mais exorcistas

Manila – Filipinas (Sexta-feira, 14-08-2015, Gaudium Press) Um pedido particular foi realizado pelo responsável da Oficina de Exorcismos da Diocese de Manila, Filipinas, P. José Francisco Syquia, aos Bispos do país: nomear mais sacerdotes exorcistas. “Temos no mínimo 30 casos para seguir em cada momento do ano, e somos somente cinco exorcistas”, afirmou o sacerdote a National Public Radio. A dependência de Manila atende casos de todo o país e segundo o sacerdote sua capacidade de serviço se encontra transbordada.

Em uma carta dirigida aos Bispos, o Padre Syquia sugeriu contar com um exorcista em cada uma das 86 Dioceses das Filipinas. “A maioria delas não tem exorcistas ou uma equipe que possa manejar este tipo de caso”, lamentou o presbítero formado em Roma para este ministério. “Então muitos filipinos tendem a recorrer a praticantes de ocultismo”.

Este recurso a ocultistas, espiritistas ou “curandeiros” seria a causa do aumento do número de possessões nas Filipinas segundo o exorcista, já que suas práticas causam “aberturas espirituais” que permitem a ação do demônio na vida das pessoas. A Igreja proíbe aos fiéis de fazer parte de qualquer tipo de invocação ou prática ocultista ou supersticiosa por constituir um pecado contra o primeiro Mandamento e o grave risco espiritual que leva.

A importância de contar com mais exorcistas é alta, já que se trata de um trabalho muito exigente. Uma sessão de oração por uma pessoa atormentada pode levar até quatro horas e um possuído pode recorrer a vários rituais de exorcismo para obter sua libertação. “Isto é muito desgastante”, afirmou o Padre Winston Cabading, Secretário Geral da Pontifícia Universidade de Santo Tomás em Manila e membro da equipe de exorcismo do P. Syquia.

O alto número de casos e as características da batalha espiritual deste ministério motivaram ao exorcista a pedir reforços aos Bispos. “Você está saltando a território inimigo e recuperando o que verdadeiramente pertence a Deus”, descobriu o Padre Syquia ao explicar porque algumas pessoas ficam intimidadas pela intensidade do trabalho. “É talvez como um comando de assalto após as linhas inimigas”. Apesar dos desafios, o sacerdote afirmou que os sacerdotes jovens e os seminaristas mostram um renovado interesse por este serviço espiritual, de grave necessidade para alguns fiéis. (GPE/EPC)