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Quem se diz católico e não vive sua Fé, escandaliza

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 3/08/2015, Gaudium Press) – No domingo, 30, com a Praça de São Pedro repleta de fiéis e peregrinos de todo o mundo, durante a oração mariana do Angelus, Francisco comentou sobre o Evangelho do dia que apresenta uma disputa entre Jesus e alguns fariseus e escribas, sobre o valor da ‘tradição dos antigos’ judeus.

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Francisco convida todos a fazer distinções entre os “preceitos dos homens” que não são “os mandamentos de Deus”:

“As antigas prescrições compreendiam não somente os preceitos de Deus revelados a Moisés, mas uma série de regras que especificavam as indicações da lei mosaica. Os interlocutores aplicavam tais normas em modo muito escrupuloso e as apresentavam como expressões de autêntica religiosidade. Portanto, repreendiam Jesus e os seus discípulos pela transgressão delas, em particular, daquelas em relação à purificação exterior do corpo. A resposta de Jesus tem a força de um pronunciamento profético: ‘Ignorando o mandamento de Deus, observam a tradição dos homens’.”

Disse o Papa que Jesus ensina para nós, hoje, sobre o perigo de nos considerarmos “melhores que os outros pelo simples fato de observar as regras, as tradições”.

“A observação literal dos preceitos é alguma coisa de estéril se não muda o coração e não se traduz em comportamentos concretos” afirmou Francisco.

Os “muito católicos”

“Todos sabemos, nas nossas comunidades, nas nossas paróquias, nos nossos bairros, quanto mal fazem à Igreja e fazem escândalo aquelas pessoas que se dizem ‘muito católicas’ e vão frequentemente na igreja mas, depois, na sua vida quotidiana, descuidam da família, falam mal dos outros e assim por diante. Isso é aquilo que Jesus condena”, porque é um testemunho contra a vida cristã, disse de improviso o Papa Francisco colocando em causa a vida nas comunidades eclesiais.

“Prosseguindo na sua exortação”, Francisco destacou: “Jesus foca a atenção sobre um aspecto mais profundo e afirma: ‘Não existe nada fora do homem que, entrando nele, possa torná-lo impuro. Mas são as coisas que saem do homem que o tornam impuro'”:

“Não são as coisas exteriores que nos fazem santos ou não santos, mas é o coração que expressa as nossas intenções, as nossas escolhas e o desejo de fazer tudo pelo amor de Deus. As atitudes exteriores são a consequência daquilo que decidimos no coração, mas não o contrário. Com as atitudes exteriores, se o coração não muda, não somos verdadeiros cristãos. Portanto, é o coração que deve ser purificado e se converter. Sem um coração purificado, não se pode ter mãos realmente limpas e lábios que pronunciem palavras sinceras de amor.”

Um coração puro

O Papa, então, fez uma oração a Maria:

“Peçamos ao Senhor, por intercessão da Virgem Maria, para nos dar um coração puro, livre de toda hipocrisia. Esse é o adjetivo que Jesus disse aos fariseus: ‘hipócritas’, porque dizem uma coisa e fazem outra. Livre de toda hipocrisia, assim, que sejamos capazes de viver segundo o espírito da lei e alcançar o seu fim, que é o amor. ” (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações Rádio Vaticano)

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