Milhões de pessoas celebram em Roma o dom da Família

Roma – Itália (Terça-feira, 02-02-2016, Gaudium Press) O Circo Máximo, situado no coração de Roma, foi cenário este fim de semana de uma história manifestação pacífica a favor da família. O “Family Day”, como se denominou este evento, ocorreu na tarde do sábado, 30, e contou com a presença de 2 milhões de pessoas.

Esta iniciativa, que nasceu a partir da sociedade civil e gozou do apoio da Conferência Episcopal Italiana (CEI), teve como fim apoiar a família natural, de acordo com o desígnio divino, ao qual se encontra ameaçada pela tentativa de doutrinação da ideologia de gênero nas escolas.

“Somos muitos, muito mais do que pensávamos. Esta manifestação é a favor da família”, disse Massimo Gandolfini. “Estamos aqui porque acreditamos profundamente na família natural e estamos assistindo a traição do projeto da criação: se a humanidade falha nisto, tudo falha”, assinalou Filippo, pai de quatro, que chegou a Roma a partir de Florença para somar-se a esta manifestação e foi mencionado em RomaSette.it, meio de comunicação da Diocese de Roma.

Também esteve presente uma avó de 82 anos que a partir de Buttigliera d’Asti chegou à Cidade Eterna: “Estou no final da minha existência, mas não me arrependo porque sempre fiz tudo com amor. Viajei toda a noite de ônibus: não podia faltar. Tenho seis netos, estou aqui por eles”.

Por sua vez, Marco Invernizzi, da Aliança Católica e que também foi citado por RomaSette.it, disse à multidão: “vocês são o amanhecer que está nascendo em um mundo que morre sepultado por seus vícios e seus pecados”. Entretanto, a escritora Constanza Miriano disse que antes as leis que ferem a família e a humanidade, “os cristãos temos o dever de ficarmos de pé não com raiva, mas como o ressuscitado”.

Em dias passados, o Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Angelo Bagnasco, que manifestou sua adesão ao “Family day”, assinalou que é necessário fazer escutar a voz diante daqueles que querem impôr ideologias que são contrárias à natureza e, sobretudo, ao plano de Deus.

Disse também que compartilha os objetos da mobilização, posto que são “absolutamente necessários”, já que “a família é o fundamento da sociedade”.

“A família não pode ser equiparada a nenhuma outra instituição ou situação (…) A defesa da família, a promoção da família e a invocação de apoio real, que até agora parece que não existem, deveria ser uma voz unitária em todo o país, em todas as famílias italianas”, sublinhou o purpurado.

Sobre isso também fez eco o Conselho Permanente da CEI em sua recente reunião celebrada em Roma entre os dias 25 a 27 de janeiro. Os Bispos que a constituem fizeram referência ao dever de anunciar “o Evangelho do matrimônio e da família, defendendo a identidade de sua figura natural, cujas características estão incorporadas na própria Constituição. A equiparação em curso do matrimônio com uniões civis, é uma grande preocupação dentro da mudança cultural que atravessa o ocidente”. (GPE/EPC)