Particularidades da Quarta-feira de Cinzas

Redação (Quarta-feira, 10-02-2016, Gaudium Press) As cinzas que são impostas na quarta-feira de cinzas é feita de ramos de oliveira abençoadas no domingo de ramos do ano anterior; eles são regados com água benta e perfumados com incenso. O simbolismo é claro. Nesta vida a glória e o sacrifício estão unidos. E nos dias de glória devemos recordar as cruzes, e a necessidade da humildade e a penitência.

Nasce este sacramental nos tempos quase apostólicos, quando as pessoas se apresentavam ao sacramento da penitência na quinta-feira santa com a cabeça coberta de cinzas. Depois do século XI as cinzas começaram a ser impostas no início da quaresma. “Pó sois e em pó te converterás” (Gn 3, 19): este texto bíblico recitado ainda no momento da imposição das cinzas, é muito propício para recordar-nos a validade desta vida, e a necessidade de preparar-nos para a eterna. Também se usa a expressão: “Converte-te e creia no Evangelho”, favorecedora da mudança de vida.

As cinzas são impostas comumente no final da homilia na Missa. Um leigo pode ajudar ao sacerdote. Pode-se impor fora das missas, por causa razoável. Por ser um sacramental, quer dizer um sinal que favorece a graça santificante, não requer que seja católico quem o receba. Pelo contrário, um sacramental como a cinza pode ajudar a um não católico a percorrer o caminho rumo aos sacramentos.

Para os católicos entre 18 e 60 anos é obrigatório o jejum e a abstinência nesta quarta-feira, apesar de que para os maiores de 14 anos já é obrigatória a abstinência de carne. Com esta prática de quarta-feira de cinzas os fiéis se unem a Jesus que jejuou quarenta dias no deserto, e se preparam para comemorar os mistérios da salvação do gênero humano que se celebram no final da quaresma.

Recordemos também que todas as sextas-feiras da quaresma são de abstinência obrigatória: Sexta-feira, dia que Cristo morreu na Cruz. (GPE/EPC)