“Há algo pior que o esquecimento do pecado, e é o aceitá-lo como algo normal”, diz Bispo argentino

La Plata – Argentina (Sexta-feira, 12-02-2016, Gaudium Press) Na mensagem quaresmal lida na quarta-feira de cinzas, Dom Héctor Aguer afirmou que “no contexto cultural no qual hoje nos movemos os cristãos, a palavra ‘pecado’ não circula; sinal de que essa realidade não é reconhecida, não é considerada uma categoria real”. O Arcebispo de La Plata, Argentina, oficiou a missa desta quarta-feira na igreja de San Ramón, em Tandil, onde participa de dias de formação com os seminaristas platenses.

O prelado disse que “hoje causaria escândalo se alguém chamasse pecado as façanhas financeiras e sentimentais das pessoas ricas e famosas, aos roubos dos políticos e as degenerações de alguns artistas. Pecados e pecadores existiram sempre, e não nos é lícito a nós excluir-nos dessa miserável confraria. Mas agora não se chamam as coisas pelo seu nome. Há algo pior que o esquecimento do pecado, e é o aceitá-lo como algo normal, e mais ainda considerá-lo uma virtude”.

O prelado expressou também que a quaresma é um período sério mas não triste. “É um tempo delimitado que olha ao futuro, à Páscoa; assim aparece claramente na liturgia eclesial. O que nos diz no momento em que recebemos as cinzas expressa a seriedade desse gesto profundamente religioso e, depois de tudo, a seriedade da vida e do compromisso cristão. Se busca que por meio das práticas quaresmais recebamos o perdão dos pecados e a vida nova à imagem de Jesus Ressuscitado”. (GPE/EPC)