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Papa aos sacerdotes de Roma: "Sejam Misericordiosos como o Pai: grandes perdoadores"

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 12/02/2016, Gaudium Press) – O Papa Francisco, após visitar ontem a Basílica de Santa Maria Maior foi até outra Basílica romana, a Basílica de São João de Latrão, sede da Diocese de Roma.

Ali, Francisco teve o tradicional encontro com os sacerdotes da diocese do Papa que sempre acontece no início da Quaresma e, antes de dirigir algumas palavras aos presbíteros, ele atendeu em confissão alguns dos padres presentes.

Francisco tratou da missão do sacerdote, da confissão, do perdão dos pecados, da misericórdia.

Perdão

O Papa exortou os presbíteros romanos a “entender as pessoas” e a perdoar. Deus “perdoa sempre, perdoa tudo”, disse.

Tantas pessoas não conseguem libertar-se do pecado: eles “sempre encontram em nós um pai”. Mesmo que por vezes “não se possa dar a absolvição, que, pelo menos, sintam que existe um pai ali”, exortou Francisco.

“Eu não te dou o Sacramento da Confissão, mas te abençoo, porque Deus te quer bem; não percas a coragem: sigas em frente e volte aqui! Este é um pai que não deixa que o filho vá para longe”.

Confissão

Na Confissão, disse o Pontífice aos presbíteros, devemos ser misericordiosos como o Pai: “Não maltratem as pessoas, acariciem-nas como nos acaricia Deus”.

E continuou Ele: As feridas devem ser curadas como fazem num hospital o médico ou uma enfermeira. Também os sacerdotes podem aliviar o sofrimento: “O carinho da palavra de um padre faz tão bem, tão bem. Realiza milagres!”.

Misericórdia

Francisco lembrou que Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, seus mais próximos antecessores, também trataram do tema da Misericórdia para, em seguida, afirmar que “E é Deus que quer este Ano Santo da Misericórdia”:

“Se o Senhor quer um Jubileu de Misericórdia, é para que exista a misericórdia na Igreja, para que os pecados sejam perdoados. E não é fácil.”

“A misericórdia é Jesus”, é o Pai que enviou Jesus:
O Senhor confiou esta missão aos sacerdotes “precisamente para irem ajudar as pessoas, com humildade e misericórdia”. A misericórdia é “Deus que se fez carne”. “É amor, abraço do Pai, é ternura, é capacidade de entender, de colocar-se no lugar do outro”.

Generoso no Perdão

É preciso “ser generosos no perdão e também entender as diversas linguagens das pessoas. Existe a linguagem das palavras, mas também a linguagem dos gestos”:

“Quando uma pessoa vai ao confessionário, é porque sente que alguma coisa não está bem, gostaria de mudar ou pedir perdão, mas não sabe como dizê-lo e fica muda:

“Se não falas, não posso te dar a absolvição”. Não! Falou com o gesto de ir, e quando uma pessoa vai ao confessionário, não é que queira ir, e certamente não gostaria de fazer o mesmo novamente”.

E se uma pessoa diz: “Eu não posso prometer isto”, porque “é uma situação irreversível, mas existe um princípio moral: ad impossibilita nemo tenetur” (Ninguém está obrigado a realizar o impossível), mas sempre procura como perdoar”.

“Sejam misericordiosos como o Pai: grandes perdoadores”. (JSG)

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