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O caminho de Jesus, segundo Francisco: renuncia ao egoísmo, à fama, ao poder

Cidade do Vaticano – (Segunda-feira, 21/03/2016, Gaudium Press) – No domingo, 20 de março, com as cerimônias do Domingo de Ramos, a Igreja celebra a entrada de Jesus em Jerusalém.

O Papa Francisco, em homilia feita na ocasião, tratou da aniquilação e humilhação de Nosso Senhor, quando falou dos momentos da Paixão de Cristo.

Milhares de fiéis participaram da Missa que foi precedida pela tradicional procissão na Praça S. Pedro que estava decorada com cerca de dez mil plantas variadas.
Começaram, assim as celebrações da Semana Santa neste ano de 2016.

Aniquilação, humilhação, zombaria, indiferença…

Francisco começou por se referir ao entusiasmo do acolhimento que foi feito a Jesus com ramos de palmeiras e oliveiras e que todos os fiéis repetiram na Praça de S. Pedro acolhendo Jesus que “deseja entrar nas nossas cidades e nas nossas vidas” -disse o Francisco- um Jesus que “nos salva das amarras do pecado, da morte, do medo e da tristeza”.

Jesus ensina-nos o caminho a seguir com um primeiro gesto: o do “Lava-Pés” baixando-se “até aos pés dos discípulos, como somente os servos faziam”, relembrou o Papa.

Mas esta atitude foi só o início da humilhação pela qual Jesus passou, recorda o Santo Padre: na sua Paixão, Jesus “é vendido por trinta moedas de prata e traído com um beijo por um discípulo que escolhera e chamara amigo. Quase todos os outros fugiram e O abandonaram; Pedro renega-O três vezes no pátio do Sinédrio.

Humilhado na alma com zombarias, insultos e escarros, sofre no corpo violências atrozes: as cacetadas, a flagelação e a coroa de espinhos tornam irreconhecível o seu aspeto.

Sofre também a infâmia e a iníqua condenação das autoridades, religiosas e políticas: é feito pecado e reconhecido injusto. Depois, Pilatos envia-o a Herodes, e este devolve-O ao governador romano: enquanto Lhe é negada toda a justiça, Jesus sente na própria pele também a indiferença, porque ninguém se quer assumir a responsabilidade do seu destino. “

Dos louvores aos gritos de condenação

Francisco recordou que no caminho da Paixão de Cristo, a multidão que o aclamara “troca os louvores por um grito de condenação”.

Jesus, porém, “reza e entrega-Se: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”.

“Pode parecer-nos muito distante o modo de agir de Deus”, ao vermos Jesus que “Se aniquilou por nós, quando vemos que já sentimos tanta dificuldade para nos esquecermos um pouco de nós mesmos”, disse o Santo Padre.

Continuando, o Papa afirmou que somos chamados a escolher o caminho de Jesus, “o caminho do serviço, da doação, do esquecimento de nós próprios”, contemplando nesta Semana Santa a “Cátedra de Deus”

Convite

“Convido-vos nesta semana a contemplar a “Cátedra de Deus”, para aprender o amor humilde, que salva e dá a vida, para renunciar ao egoísmo, à busca do poder e da fama.”

Fixemos o olhar em Jesus – disse o Papa na conclusão da sua homilia e “peçamos a graça de compreender algo da sua aniquilação por nós; reconheçamo-Lo Senhor da nossa vida e respondamos ao seu amor infinito com um pouco de amor concreto. ” (JSG)

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