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Padeiros romanos preparam o “Pão da Acolhida” para os peregrinos do Jubileu

Roma – Itália (Quarta-feira, 27-04-2016, Gaudium Press) É conhecido como “O pão da acolhida”, foi criado pela associação dos padeiros de Roma, aderidos à Confederação Nacional de Artesãos, para receber aos peregrinos do Ano Santo e convidar a ter gestos de misericórdia com os mais necessitados. Elaborado com grão terno e grão duro de trigo, além de levadura desidratada, o pão nasceu de outra iniciativa de uns anos atrás: o “Pão de Roma”.

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“Tudo começou há uns quantos anos quando, por iniciativa minha, os padeiros de Roma fizemos uma receita em comum com uma mescla de farinhas, de três tipos, que chamamos Pão de Roma. Com o passar do tempo, surgiu uma nova tendência e mudamos essas três farinhas por novas, sempre menos tratadas, moídas a pedra em território”, narrou à Rome Reports Bernardino Bartocci, Presidente dos Padeiros de Roma.

O que faz diferente este pão, além dos ingredientes, é a cruz franciscana que o distingue em sua parte superior, além do propósito caritativo que tem. Sobre isto também se referiu Bartocci, desta vez em entrevista com a Rádio Vaticano: “Nós faremos uma cruz sobre estes painéis para deixá-los à disposição dos peregrinos e dos pobres que vem à Roma”.

Comenta também que o pão, tão ligado com a Eucaristia, “é um gesto simbólico de bondade em sintonia com um evento importante”, como o é o Ano Santo da Misericórdia.

“Desde sempre o pão teve e têm um valor simbólico e espiritual forte, e é também um bem primário. Quantos necessitados o pedem quando tem dificuldade de pagá-lo?”, acrescentou o Presidente dos Padeiros de Roma, que prosseguiu assinalando que todos estes gestos de misericórdia já estão dentro do DNA de cada padeiro, pelo que “sempre tratamos de ajudar, e como se diz: ‘um pedaço de pão não se nega a ninguém'”.

O “Pão da Acolhida” também está inspirado no “Café adiantado” que tanta acolhida tem em Nápoles onde nas lojas ou café-bares é possível deixar pago adiantado um café para quem necessite. “Nos baseamos em algo que criaram em Nápoles, o famoso café adiantado ou café pago, que quem quiser pode comprar um pão, e deixá-lo pago para que seja dado depois aos peregrinos que venham a Roma para este importante acontecimento. Creio que é um gesto de generosidade e irmandade”.

Bartocci comentou à Rádio Vaticano, que o pão vem sendo recebido com muito entusiasmo, já que é uma iniciativa “muito agradável (…) é um bom gesto, algo que, a nós -os padeiros-, nos dá satisfação e é um motivo de orgulho”.

Estes pães podem ser conseguidos em mais de 30 padarias romanas até o próximo mês de novembro, quando terminará o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Cada pão tem um preço que oscila entre os 4 e os 5 euros.

Os padeiros romanos sempre estiveram ligados com vários dos eventos importantes da Igreja Católica. Há alguns anos deram como presente um presépio de pão a São João Paulo II. “Me lembro das palavras que disse (…) e o agradecimento que deu aos padeiros por ter lhe doado um Presépio, que era muito particular, porque era feito de pão. Depois disse que a palavra ‘Belém’ significa ‘casa do Pão’, isto nos deu a entender a importância que tem o pão na vida humana”, acrescentou Bartocci. (GPE/EPC)

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