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Exposição no Vaticano mostra a Guarda Suíça a partir de outra perspectiva

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 05-05-2016, Gaudium Press) Uma mostra que fala o que há por trás do menor exército do mundo: a Guarda Suíça Pontifícia, é o centro de atenção por estes dias nos Museus Vaticanos.

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A exibição fotográfica, que poderá apreciar-se até o dia 12 de junho, é obra do fotógrafo Fabio Mantegna, que quis aproximar-se dos aspectos mais cotidianos daqueles soldados que juraram fidelidade ao Papa e cuja missão é custodiar dia e noite ao Santo Padre.

“No princípio entramos em suas vidas um pouco nas pontas dos pés, mas com o tempo nos convertemos em amigos. Me explicavam no que consistia seu trabalho e eu lhes explicava como se fazem as fotografias. Foi uma colaboração estupenda”, contou Mantegna à Rome Reports.

Na exposição se encontram imagens dos momentos em que compartilham o almoço, como é sua preparação física, a maneira como se vestem, assim como quando juram fidelidade ao Santo Padre, entre outras; todas refletindo que é uma grande honra servir ao Sumo Pontífice.Exposição no Vaticano mostra a Guarda Suíça a partir de outra perspectiva 2.jpg

O Guarda Suíço Urs Breitenmoser, entrevistado também por Rome Reports, comentou que ser parte do corpo de segurança do Papa “vai além de ser uma profissão”, já que -como assegura- “nosso serviço vai muito mais além”. Muitos inclusive descobrem a beleza da Fé com catequese para adultos. É um serviço profundo apesar de todas as dificuldades que se podem encontrar e também é muito gratificante servir ao sucessor de Pedro”.

510 anos servindo ao Papa

Em janeiro passado a Guarda Suíça celebrou seus 510 anos a serviço do Santo Padre. Os soldados do Papa começaram sua história em 1506 quando chegam à Cidade Eterna os primeiros suíços a pedido do Papa Julio II. Naquele então se formou uma companhia de 150 homens sob o comando do capitão Kaspar von Silenen que ingressam pela primeira vez pela ‘Porta del Popolo’ e recebem a bênção do Sumo Pontífice.

Nestes cinco séculos de história são vários os acontecimentos que marcaram o corpo de segurança do Pontífice, mas um ficou imortalizado: o ocorrido no dia 06 de maio de 1527 durante o saque de Roma que realizaram tropas do imperador Carlos V. Os Guardas Suíços mostraram seu grande valor, fortaleza e fidelidade à sua missão. Apesar de Exposição no Vaticano mostra a Guarda Suíça a partir de outra perspectiva 3.jpgque sobreviveram somente 42 deles, a Guarda formou um círculo ao redor do Papa Clemente VII, que conseguiu escapar do seu refúgio no Castelo Sant’Angelo. O fato marcou tanto que a cada 06 de maio os novos recrutas juram seus cargos diante do Santo Padre e tomam posse os que foram promovidos.

São várias as condições e requisitos que devem cumprir aqueles que desejam ser admitidos no serviço do Papa: ser católico praticante, ter boa saúde, ser célibe, ter uma reputação irrepreensível, ter prestado o serviço militar na Suíça, ter formação profissional, medir pelo menos 1,74 e ter entre 19 e 30 anos.

Os efetivos estão a cargo de controlar os acessos ao Vaticano, monitorar continuamente a segurança do Santo Padre e velar pela proteção das pessoas no interior da Santa Sé. Além disso, acompanham ao Papa durante suas viagens e protegem ao Colégio Cardinalício quando a Sede Apostólica está vacante. A missão do Corpo suíço tem um triplo papel: honra, vigilância e ordem. (GPE/EPC)

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