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D. José Alves, arcebispo de Évora, antecipa Dia Mundial das Comunicações Sociais

Évora – Portugal (Quinta-feira, 05/05/2016, Gaudium Press) – Dom José Alves, arcebispo de Évora, em Portugal, afirmou hoje, numa conferência de imprensa promovida a propósito do 50.º Dia Mundial das Comunicações Sociais que um dos “maiores problemas” da sociedade é “encontrar quem saiba escutar”,

Para Dom José, “Incentiva-se a comunicação mas esquece-se a escuta e sem escuta autêntica não há verdadeira comunicação interpessoal. Produz-se muita informação unidirecional e muitos monólogos, mas são poucos os diálogos”.

Segundo o prelado de Évora, levando em conta a reflexão do Papa Francisco para o 50.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, chega-se à conclusão de que só dialoga com quem sabe escutar e isto “não é fácil” uma vez que “exige que se dê atenção ao outro”, que se olhe com “amor e misericórdia”.

A partir “do amor” que “vence o isolamento e por natureza é comunicação” foi que o Papa iniciou a sua reflexão. Então Dom José salientou que a comunicação assim exercida, “Ajuda a sair dos círculos viciosos em que alguns se deixam enclausurar, alarga a comunhão, promove a inclusão e estabelece pontes entre as pessoas, as famílias, os grupos e os povos”.

O Senhor Bispo afirmou que a comunicação “é importante,” mas “nem sempre” aproxima as pessoas e pode até levar “para o afastamento e levar ao isolamento”…

Os meios de comunicação virtual, segundo o bispo diocesano, fazem parte do mundo da tecnologia. E a “tecnologia é fria”. A comunicação “não é feita só de informação, à base da razão”, ela precisa da emoção, do “calor que só o coração humano” pode garantir. Pelas redes sociais “não passa a emoção, não passa a misericórdia”.

As redes sociais, asseverou o prelado, podem unir e podem separar, promover a união como a divisão, “contribuir para a relação como para o isolamento” que é um dos dramas da sociedade que o Papa “gostaria de ver resolvido”.

O arcebispo de Évora lembrou que no Jubileu extraordinário que a Igreja Católica vive até novembro deste ano, a mensagem do Papa Francisco tem como tema ‘Comunicação e Misericórdia: Um Encontro Fecundo’. Por isso o arcebispo alertou que a comunicação “imbuída” da misericórdia “não alimenta a desconfiança nem a intriga”.

E aconselhou: “A comunicação social, sendo dotada de um tão grande poder e eficácia, nunca deveria ser utilizada para promover conflitos ou ocultar injustiças”.

Relembrando as 50 mensagens publicadas pelos Papas Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e Francisco, para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Prelado concluiu que elas constituem um “valioso corpo doutrinal” e documentam a extraordinária evolução tecnológica dos últimos decénios.

Por isso mesmo é que o Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, da Igreja Católica, vai destacar nesta quinta-feira o Dia Mundial das Comunicações Sociais (comemorado domingo próximo) com a publicação de um livro que reúne as mensagens papais e o lançamento do ‘Prémio de Jornalismo D. Manuel Falcão’, no Museu de São Roque, em Lisboa. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com Informações Arquidiocese de Évora.)

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