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O fenômeno da liquefação do sangue de São Genaro se repetiu em Nápoles

Nápoles – Itália (Sexta-feira, 06-05-2016, Gaudium Press) Mais uma vez a Igreja de Nápoles foi testemunha de um fenômeno que se repete todos os anos: o prodígio da liquefação do sangue de São Genaro, Bispo padroeiro da cidade italiana.

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O fato se registrou às 18h53 do dia 30 de abril, quando as relíquias do santo italiano eram transladadas em procissão desde a Catedral até a Basílica de Santa Clara quando se comemorava a festa do translado do também mártir.

Durante a homilia da celebração, o Arcebispo de Nápoles, Cardeal Crescenzio Sepe, perpetrou: “A festa de hoje nos recorda que há mil seiscentos anos se abriram as portas de Nápoles para acolher as relíquias de São Genaro (…) Meu predecessor, o Bispo John, quis transladar de Angano a Nápoles estas relíquias que se encontravam em um lugar inseguro. A cidade o acolheu com alegria e abriu seu coração ao Santo”.

Depois prosseguiu: “O Santo Padroeiro, que tem sempre invocado como protetor contra as guerras, as pestes, as carestias, as erupções do Vesúvio, se faz presente daquela maneira especial que somente Nápoles possui, mediante aquela relíquia ‘viva’ de Sangue e do Busto que contêm os ossos da cabeça”.

Também assinalou que a ampulheta mostra que “nosso Santo continua vivo”, e que o fenômeno vai além da curiosidade: “É muito mais! É o conhecimento que São Genaro está presente em nossa vida e que nós buscamos dele seu exemplo e um estímulo. Aquele sangue fala de sacrifício, diante de todo sacrifício de Jesus Cristo; fala de valor, de capacidade de enfrentar tudo, também a morte se necessário, pelo bem daqueles que ama”.

O fenômeno de São Genaro está estreitamente ligado com a história de Nápoles e vários acontecimentos catastróficos dos quais foi prevenida a cidade que tem relação direta com o milagre do sangue do santo que se faz líquido, um prodígio que se conhece desde o ano 1398 graças ao cronista medieval Chronicom Siculum, que descreveu com estupor o acontecimento singular da liquefação. Já a partir do século XVI se faz referência ao milagre e a São Genaro, a quem se atribui o ter protegido Nápoles das guerras, as pestes e os efeitos de catástrofes naturais como a erupção do vulcão Vesúvio.

Muitos napolitanos creem que se o sangue não se faz líquido para a festividade de São Genaro, é sinal que alguma tragédia cairá sobre a cidade. Pelo menos assim ficou consignado na história em 1980 quando o milagre não ocorreu e esse ano um terremoto afetou o sul de Nápoles, que deixou mais de 2 mil mortos.

Várias são as investigações que fizeram os cientistas sobre o Sangue do Santo e Mártir, todas sem nenhuma explicação, mas que falam do caráter sobrenatural do sucesso. Destas explorações, chamam a especial atenção o fato palpável que o sangue, em seu estado sólido, não ocupa sempre o mesmo volume da ampulheta onde está contida, que chega a ocupar, inclusive, todo o recipiente.

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A relíquia do Sangue de São Genaro se encontra guardada na Capela Real que leva seu nome na Catedral de Nápoles. Para os cidadãos e para a Igreja ela é considerada todo um tesouro.

O próprio Papa Francisco em sua visita pastoral a Nápoles em março de 2015 foi testemunha deste particular fenômeno. Ao dar a bênção com a relíquia de sangue liquefeito do Bispo martirizado. (GPE/EPC)

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