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Igreja em Israel adverte sobre “risco imediato” de fechamento de escolas católicas

Jerusalém – Israel (Segunda-feira, 30-05-2016, Gaudium Press) As escolas católicas em Israel novamente se encontram “em perigo imediato de colapsar financeiramente” por causa dos duros cortes no orçamento estatal em seu financiamento, somado à restrição imposta aos custos dos pais de família, que já haviam gerado um cessar de atividades em setembro de 2015. O Departamento de Escolas Cristãs de Israel advertiu que os acordos conquistados até o momento não foram cumpridos e que a situação chegou a níveis insustentáveis.

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O Departamento recordou que seu protesto de 2015 não tinha precedentes e que foi causada pelas decisões das autoridades, as quais “haviam cortaram constantemente os orçamentos destinados a estas escolas a um nível de 45% nos últimos seis anos. Adicionalmente, o Ministério da Educação emitiu regulamentos que limitariam a possibilidade das escolas cristãs de cobrar quotas aos pais de família. Estas duas medidas fazem impossível seguir operando”.

As polêmicas decisões foram seguidas por sugestão de que as escolas se somassem ao sistema de educação pública de Israel, o qual foi decididamente rejeitado pelas instituições educativas, já que outras escolas localizadas na mesma categoria diante da legislação local continuaram recebendo fundos completos e mantendo sua plena autonomia. O mal estar se traduziu em demonstrações públicas, cessar de atividades, encontros com funcionários e delegações e uma denúncia da situação diante dos meios nacionais e estrangeiros.

A crise de 2015 chegou ao seu fim quando o governo israelita concordou em transferir um orçamento de 50 milhões de shekels no dia 31 de março de 2016 para compensar os cortes orçamentários e permitir a subsistência das escolas. Além disso, se criaria uma comissão para discutir a solução ao problema. “Hoje, mais de 50 dias depois da data limite, o governo não transferiu a soma”, denunciou Oficina de Escolas Cristãs.

A comissão se reuniu em somente três oportunidades e as autoridades renovaram sua recomendação de unir-se ao sistema público em troca de três horas de aula por semana dedicadas a preservar a identidade cristã dos estudantes. “É claro para nós que estas recomendações não resolvem a crise”, afirmaram as instituições educativas. “Lamentamos o fato de que o Ministério de Educação tente novamente forçar nossas instituições a unir-se ao sistema público”. O Departamento advertiu que as escolas cristãs “estão em risco de colapsar financeiramente” e que se se cumpre o compromisso das autoridades “este colapso se retornará por um ano”, pelo qual se necessita uma solução de fundo. As escolas pediram o pagamento imediato dos fundos prometidos e o estabelecimento de uma contribuição estatal anual ou a criação de um novo status legal para as instituições “que assegure fundos suficientes e leve em consideração sua peculiaridade e longo serviço no território”. (GPE/EPC)

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