Arcebispo de Madri, Espanha, aconselha sentir o “assombro eucarístico” de Corpus Christi

Madri – Espanha (Segunda-feira, 30-05-2016, Gaudium Press) O Arcebispo de Madri, Espanha, Dom Carlos Osoro, dedicou sua Carta Semanal a uma reflexão sobre a importância da Solenidade de Corpus Christi e das manifestações públicas de Fé associadas a esta celebração como uma oportunidade de viver o “assombro eucarístico” e a contemplação do mistério da Presença Real do Senhor no sacramento. “Contemplar ao Senhor no Mistério da Eucaristia, sua presença real, dar culto à Eucaristia fora da Missa, é um privilégio para aprender a arte da oração”, afirmou.

“A Igreja vive da Eucaristia. Esta expressão encerra em si mesma, e em uma síntese perfeita, o núcleo do mistério da Igreja”, recordou o prelado, que narrou a história da Solenidade e sua relação com uma das manifestações públicas de Fé mais íntimas e fundamentais da Igreja: a Procissão Eucarística. “A festa do Corpus Christi quer suscitar nos cristãos e naqueles que vem a passagem do Senhor, o que podemos chamar o assombro eucarístico (…), que definitivamente é o convite para que contemplemos o rosto de Cristo”. Esta contemplação é a cura para a enfermidade de uma sociedade que desconhece sua identidade, sua meta e se funde na desesperança.

Dom Osoro recordou que a instituição da Eucaristia na Última Ceia foi o momento auge anelado por Cristo para estabelecer a Nova Aliança e a entrega plena do Filho de Deus que se consumaria em seu sacrifício na Cruz. “A Eucaristia mostra de uma maneira palpável o amor do Senhor que chega até o extremo, pois é um amor que não conhece medida. Olhá-lo, contemplá-lo”, aconselhou. “Faz o grande descobrimento do que engendra em tua vida, pois cria uma maneira de viver e educa para uma maneira de estar com os homens”.

“Contemplar ao Senhor no Mistério da Eucaristia, sua presença real, dar culto à Eucaristia fora da Missa, é um privilégio para aprender a arte da oração”, acrescentou o Arcebispo. “Na festa do Corpus Christi se quer ressaltar o culto que se dá à Eucaristia, também fora da Missa. É extraordinário estar com o Senhor, palpar o infinito amor de seu coração no culto eucarístico, particularmente com a exposição e adoração do Santíssimo Sacramento”. O prelado recordou o caráter indispensável deste contato direto e prolongado para poder dar testemunho, cumprir os mandatos e exercitar a caridade. “Há que dar do que nos alimentamos e contemplamos”, concluiu. (GPE/EPC)